Portugueses contra obsessão eterna com a juventude

19 de maio de 2015

Portugueses contra obsessão eterna com a juventude

Os consumidores portugueses estão “cansados” da beleza artificial admitindo mesmo que o mundo seria mais feliz se as pessoas não fossem tão obcecadas com a beleza física. De acordo com o estudo Prosumer Report, da Havas Worldwide, cerca de 80% dos portugueses afirmam que a eterna obsessão com a juventude prejudica a sociedade.

Intitulado “I Body: The New Frontier”, o estudo refere que as divergências no que toca a padrões de beleza, comportamentos saudáveis e novas tecnologias de monitorização e controlo de saúde, com grandes divisões a nível de países e de regiões.

Por outro lado, a nível global e em termos de grupos etários, os millenialls foram os que mais associaram obesidade a preguiça (41%) o que sugere uma tendência de menor tolerância em geral.

No entanto, a tecnologia continua a ser uma grande aliada da beleza e já são cerca de dois terços os consumidores, em Portugal, que são favoráveis aos dispositivos digitais que monitorizam “cada aspeto” da nossa saúde. Já a nível global, o número aumenta para 70% com cerca de metade a usarem pelo menos um dispositivo.

“Como a tecnologia muda todos os aspetos das nossas vidas, é dada às pessoas em todo o mundo uma maior consciência do seu próprio bem-estar, bem como um novo conjunto de ferramentas para monitorizar e controlar a sua saúde”, refere Andrew Benett, presidente executivo da Havas Worldwide e do Havas Creative Group.

Controlar a saúde mas não tanto. Pelo menos é o que dizem os consumidores quanto à possibilidade de permitir escolher as características físicas do bebé. Cerca de 57% refere que esta ferramenta seria “má para a sociedade” e 53% dizem o mesmo em relação à possibilidade de escolher o sexo da criança.

O relatório que se baseia em conclusões obtidas através de um estudo online com 10,131 pessoas, com idades a partir dos 18 anos, em 28 países, destaca três grandes tipos de tipologias.

Os hedonistas (tipificados pelos consumidores do Brasil, França e Espanha) vêm o corpo como uma fonte de prazer, por via da comida, sexo ou simplesmente auto-celebração. Por seu lado, os holísticos (consumidores da China, Alemanha ou Índia) querem dormir bem, ter uma alimentação saudável, apanhar sol e ar puro, e respeitas os ritmos do corpo. Por fim, os funcionalistas (consumidores dos EUA, Reino Unido e Austrália) vêm o corpo como uma máquina que deve ser abastecida e arranjada e que se esforçam por atingir o pico da forma física.

Os Prosumer Reports são um conjunto de publicações especializadas da Havas Worldwide integradas numa iniciativa global de partilha de informação e insights, incluindo a pesquisa e insights dados através da rede de agências e clientes.

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Jornalista: Ana Gaboleiro

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