Consumidores ainda não sabem a diferença entre saldos e promoções

27 de julho de 2016

Consumidores ainda não sabem a diferença entre saldos e promoções

Após a alteração do quadro legal a 1 de março de 2015 – que permite saldar “stocks” em qualquer altura do ano – o IPAM quis compreender a evolução do comportamento dos consumidores sobre esta matéria.

O mais recente estudo revela que a maioria (98% inquiridos) prefere efetuar compras em saldos e promoções, registando um ligeiro aumento face ao período homólogo (que foi de 95%). Em média, os portugueses pretendem gastar 164 euros, este ano em saldos e promoções de verão, valor muito próximo do que foi apresentado em 2015.

Apesar de 60% por cento dos inquiridos não saber, ainda, qual a diferença entre ambos os conceitos, os preços apelativos são o motivo apontado pela maioria dos inquiridos para efetuar compras em promoções e saldos (89%). O que contrasta com apenas 1% dos inquiridos, que afirma não efetuar compras em nenhum dos casos, devido à falta de qualidade dos produtos disponíveis e de oferta de produtos e preços pouco apelativos. Roupas (100%) e sapatos (79%) são os produtos que lideram o cabaz de compras em promoções e saldos por parte dos entrevistados.

O estudo do IPAM revela, ainda, que a nova lei dos saldos continua a não ser clara para o consumidor, continuando este a fazer referências às práticas existentes antes da entrada do novo enquadramento legal. Na maioria dos casos, os inquiridos afirmam não identificar qualquer alteração na época de saldos, embora refiram que os saldos oferecem preços mais baixos, mas com menos qualidade dos produtos.

Ficha Técnica: o estudo do IPAM foi realizado entre 7 e 16 de julho de 2016, em Portugal Continental, a cerca de 400 indivíduos, com idades compreendidas entre os 18 e os 69 anos (média de 35,9 anos). Destes, 39 por cento concluiu o ensino secundário, 29 por cento é licenciado e sete por cento possui mestrado ou doutoramento. Quanto à situação profissional, 46 por cento dos inquiridos é trabalhador por conta de outrem, 16 por cento trabalha por conta própria, 15 por cento está desempregado e 21 por cento é estudante ou reformado.

Da autoria de Mafalda Ferreira – docente do IPAM, especialista em ciências do consumo, doutorada em Psicologia Social pela Universidade de Cádiz e responsável pelo Observatório de Consumo do IPAM Porto –, o estudo quis aferir e compreender qual o impacto da alteração da lei dos saldos – em vigor desde 1 de março de 2015 – na evolução do comportamento dos consumidores.

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Jornalista: Marco Silva

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