Os portugueses confiam cada vez mais na instituição governo. Um crescimento de 20%, que ainda assim não foi o suficiente para que a instituição governo deixasse de ser aquela em que os portugueses menos confiam. Estas são algumas das conclusões do estudo Edelman Trust Barometer 2012, realizado em 25 países.
Os governos são, aliás, apontados neste estudo como os principais culpados pela crise financeira e política. Motivo que leva países como França, Espanha, Brasil, China, Rússia e Japão verem a confiança nos seus governos cair mais de 10%.
As Organizações Não Governamentais (ONG), as empresas e os medias estão no topo do índice de credibilidade em Portugal. De realçar que a confiança dos portugueses nas empresas encontra-se acima da média da União Europeia. Entre o total das entidades em estudo apenas se verifica um decréscimo de confiança nas ONG.
Richard Edelman, presidente e CEO da consultora, afirma que “as empresas estão agora melhor posicionadas que os governos para liderarem o caminho para a saída da crise de confiança”.
Apesar de as empresas serem mais confiáveis do que os governos, 49% dos inquiridos a nível mundial deseja que os governos “os proteja de práticas de negócio irresponsáveis”, enquanto um quarto quer “uma regulação que assegure um comportamento corporativo responsável”, salienta o estudo.
Ainda nesta análise, o nosso país apresenta-se como um país “Desconfiado”, apesar de estar próximo da classificação “Neutral”. Em 2011, entre os 25 países analisados, apenas seis territórios estavam classificados como “Desconfiados”. Número que quase duplicou em 2012, já que onze países registam agora a mesma classificação.
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