Nos últimos dias, todos nós tivemos oportunidade de participar no maior evento musical do ano, assistir às nossas bandas preferidas, ver momentos únicos como o que Mick e Bruce protagonizaram juntos no palco, naquela que é, de longe, uma das melhores oportunidades para as marcas criarem e reforçarem relações com os seus públicos-alvo.
No entanto, e colocando de lado o êxito inquestionável que este evento musical representa, verificamos que as marcas decepcionaram. E a decepção vem do facto de estas (marcas), não conseguirem compreender que quem participa neste evento não vai apenas pelo entretenimento.
Num mundo cada vez mais conectado, o participante procura também a partilha com os seus pares, quer seja de comentários, quer seja de imagens, ou mesmo de momentos únicos que se estão a passar; procura o inusitado, como a oportunidade única de se cruzar com uma estrela mundial a beber uma cerveja mesmo ao seu lado; procura a ligação com a sua rede de amigos e conhecidos, quando utiliza os meios digitais à sua disposição para os procurar no meio de um recinto imenso.
Todos estes momentos, constituem pontos de contacto relevantes para as marcas explorarem e desenvolverem a sua proposta de valor… mas o que encontrámos foi a mesma abordagem de sempre, a lógica da comunicação tradicional e da publicidade intrusiva, de alguns momentos de activação de marca que pouco activaram na mente dos consumidores, e que corporizam a abordagem “Business as Usual”.
Com este pano de fundo, lamento que não exista um pouco mais de criatividade nas marcas, aliada a um DNA interno mais digital, que lhes permita compreender que o evento musical que se viveu nestes dias, se desmultiplica a cada minuto que passa em milhões de activações digitais, protagonizadas pelos próprios participantes, seja através de selfies múltiplas, ou em comentários sobre a grandiosidade do momento, ou mesmo em upload de vídeos do artista a actuar, as quais podem ser dinamizadas pelas próprias marcas, em acções altamente vinculativas.
Não compreender isto, é desperdiçar uma oportunidade única de ocupar novos territórios na mente dos consumidores, é perder o timing de tomar a dianteira e de conseguir diferenciar, face a uma concorrência enfadonha, e que não tem a coragem de arriscar em momentos como este.
Mas, para tal, é preciso que os brand managers dominem temas críticos para o sucesso das marcas nos próximos tempos. É preciso que se prepararem para acções de Real Time Marketing, ou para o desenvolvimento de dinâmicas de Social Media Engagement, ou até mesmo para implementar Cross Media Viral Activations.
O tema é relevante, em especial quando os orçamentos que as marcas disponibilizam têm de ser investidos da forma mais eficaz possível, e as competências existentes nestas áreas são reduzidas. Esperemos que o “desperdício” tenda a diminuir, e que na próxima oportunidade encontremos mais e melhores acções de Digital Engagement.
O artigo do prof. Canhoto peca por generalizar a crítica. Algumas marcas, entre as quais é justo destacar a HEINEKEN, tiveram uma excelente presença!
Em portugal faz-se mau marketing, e acima de tudo marketing seguro. Não se arrisca, povo fraco sem ambição o resultado não podia ser outro…
Uma crítica ao que foi feito (e que não digo que tenha sido bom) mas que não tem uma sugestão. A não ser uma mão cheia de buzzwords giras para enganar cliente mas que no fim são tão vazias como as acções que critica.
LOL. Eu tinha vergonha de escrever este artigo. Claramente não pôs la os pes um unico dia! Em 80% ou mais das marcas que la estavam nao havia uma unica que nao.estivesse a pensar digital. Business as usual é o artigo que escreveu. Boring!
Esta critíca vale o que vale… adoro os estrangeirismos, gosto de o imaginar a dizer aquilo com uma voz de “tia” com um inglês tipo zézé camarinha! genial x)
“Nos últimos dias, todos nós tivemos oportunidade de participar no maior evento musical do ano(…)”. Que grande “brand placement” NOS – é já agora: como é que se traduz mesmo “brand placement”???
A opinião de quem não está por dentro do assunto de nada vale.
Saberá o caro professor que a organização restringiu a comunicação online e as acções no digital a várias marcas? Saberá também que só marcas como a vodafone,a CGD, o Continente e a EDP é que tiveram autoriazção porque pagaram bem por isso? Ideias não faltam, só faltam milhoes de euros que foi o que o RiR recebeu desses patrocinadores.
Isto só mostra que, infelizmente universidades TOP como a Católica continuam a ter professores teóricos, sem experiência real de mercado e que só dizem BULLSH****!
“Isto só mostra que, infelizmente universidades TOP como a Católica continuam a ter professores teóricos, sem experiência real de mercado e que só dizem BULLSH****!”
Subscrevo.
O que se entende por DNA?
O Professor foi mesmo ao RiR e visitou as activações? Parece-me que não… Dou-lhe o exemplo que conheço melhor da CGD que estava este ano presente com muita força no festival:
- Vi uns mupis digitais em que podiamos tirar fotos e partilhar no nosso perfil usando pulseiras RFID
- Vi inclusive uma experiencia da CGD na rockstreet em que era partilhado um video nas redes sociais das pessoas a cantarem num palco simulado
- vi toda a cobertura que foi feita no evento pelas marcas patrocinadoras, usando meios como youtube, twitter, instagram, facebook…
Acho que é injusto generalizar e acho que este artigo foi escrito com base em ideias pre concebidas. Se o professor tivesse de facto investido umas horas a visitar todas as activações não poderia ter escrito certas coisas que aqui afirma.