PR: quando chegará a nossa hora?

16 de julho de 2014

PR: quando chegará a nossa hora?

José Manuel Costa – presidente e CEO da GCI

O influente director do PR Week, Danny Rodgers, explica hoje que chegou finalmente a nova era das PR. Rodgers  consegue, em poucas palavras, definir perfeitamente todo o ambiente que hoje rodeia toda a indústria do marketing.

Comecemos pelo início – desculpem-me o recurso estilístico: durante décadas, existiu uma enorme diferença entre duas das fundamentais disciplinas do marketing: a publicidade é promoção paga: anúncios televisivos, de imprensa ou outdoors. As PR são “persuasão editorial”: tentar que uma determinada história seja do interesse do jornalista. Estas duas disciplinas ainda existem, mas ambas querem um pedaço da outra – um grande pedaço da outra, diria.

Há algum tempo que, sobretudo em mercados mais maduros (na verdade, a GCI já o faz há alguns tempos), as consultoras de PR investem em directores criativos ou planeadores estratégicos que, em tempo, trabalharam na publicidade; mais recentemente, as chamadas agências de publicidade têm feito o oposto, investindo em profissionais com competências na área editorial e redes sociais – que, como defendo há bastante tempo, deveriam estar sob a alçada das consultoras de PR.

No que resulta esta convergência? Uma verdadeira oportunidade para as consultoras de PR, porque é para eles que caminha toda a nova realidade do marketing. Esta convergência, na verdade, não nos é estranha. O conceito de earned media e owned media não nos é estranho. A morte e reinvenção do no nosso negócio, para irmos o mais longe possível na questão, não nos é estranha.

O que continua a ser uma barreira quase intransponível para a nossa actividade, ironicamente, é a nossa reputação de indústria que vai a reboque. De complementadores e não desbravadores, estrategas.

A ironia da indústria do marketing é que um dos serviços que tão bem trabalhamos e pelo qual somos reconhecidos, a gestão da reputação, não é trabalhado para o nosso bem comum. Se nos queremos reinventar e tomar a tão desejada dianteira da indústria do marketing e comunicação, é por aqui que temos de começar – e não pela conclusão, unilateral, de que estamos finalmente a mudar de rumo.

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