Pode uma marca desenhar uma vida?

28 de março de 2016

Pode uma marca desenhar uma vida?

Ana Rita Ramos, Diretora Geral Have a Nice Day

Era um dia igual aos outros quando Nikki Jeffreys, cliente da SEAT em Inglaterra, teve um brutal acidente de automóvel ao volante de um Altea. Foi a vírgula de tempo mais transformadora da sua existência. Mudou tudo.

Nikki ia para o trabalho depois de deixar os seus dois filhos na escola em Swindon, sudoeste de Inglaterra. O trânsito estava controlado, dia rotineiro, tranquilo. De repente o seu SEAT Altea bateu noutro automóvel que vinha na direção contrária e perdeu o controlo. “Lembro-me de estar com quatro ou cinco pessoas à minha volta a dizerem para não me mover. Eu sentia os dedos, as mãos, por isso dizia para mim mesma que apesar do acidente deveria estar tudo bem, deveriam ser apenas ferimentos”, relata ela sobre um dos momentos mais assustadores da sua vida. É impossível evitar um arrepio de comoção que a memória desses tempos convoca.

O acidente deixou Nikki com ferimentos graves – cortes e hematomas por todo o corpo, duas costelas partidas e um pulmão em sério colapso. Ao ver a gravidade da colisão, e depois de perceber que Nikki tinha sobrevivido, um polícia afirmou estar “muito surpreso”, porque, pela sua experiência, “em outros acidentes semelhantes, pessoas tinham perdido a vida”. E foi aí que a frase surgiu: “Você sobreviveu graças ao seu carro”, disseram o polícia e o paramédico que entretanto também acudiu ao local.

Durante todo o processo de recuperação, Nikki não parava de pensar no que tinha acontecido, na sorte que tinha sido. Como não é pessoa de se ocupar com os rumores da sua agonia, decidiu enviar uma mensagem à SEAT, via Facebook, para descrever o que tinha acontecido e agradecer aos engenheiros o impressionante trabalho para garantir a segurança dos automóveis. “Queria que soubessem que me sentia muito feliz. Sobrevivi graças ao carro. Se os meus filhos ainda têm mãe é graças a esta empresa”, acrescenta.

Quando recebeu a mensagem, a equipa de segurança do Centro Técnico da SEAT decidiu convidar Nikki para ver com os próprios olhos todos os testes realizados na fábrica da Martorell, perto de Barcelona, para garantir a segurança dos condutores, passageiros e peões. Nikki, o marido e os dois filhos foram testemunhas de todos os esforços que a equipa de engenharia faz todos os dias. São realizados mais de 200 testes de desenvolvimento por ano, com o objetivo de reduzir a probabilidade de lesões para os ocupantes dos carros e para os peões.

Depois do acidente, e consciente de que poderia ter morrido, Nikki percebeu que a sua visão da vida tinha mudado. “Aprecio muito mais o que tenho. Os meus filhos. O meu marido. A minha família. Tudo”, conclui. Hoje faz da existência uma festa olímpica e transfere para a SEAT a artilharia pesada do seu batalhão de afetos, gratidão e esperança no futuro.

Partilho toda esta história apenas para lançar a pergunta que escolhi para título deste texto: uma marca pode desenhar uma vida? No projeto do I’M a Brand acreditamos que sim e por isso aqui estamos para contar a história da SEAT– e histórias memoráveis como esta que acima descrevi. Porque estes relatos, contados na primeira pessoa, reforçam vínculos presentes, criam empatias com a trajetória da empresa e ajudam a olhar para o futuro. Ao fazermos este livro sobre a Seat – e todos os outros desta coleção especial – revelamos empresas com coragem de ter o que contar. E isso não é para todas!

O que quisemos fazer neste livro foi revelar a alma da SEAT, com aquela paixão acolhedora com que só pessoas encantadas pelo seu trabalho percebem o privilégio que é executá-lo: com muita atenção, observando o essencial, procurando no rosto e no comportamento dos entrevistados sinais de emoção, vitalidade. Vestígios, ainda que envergonhados, da vontade de partilhar as histórias íntimas da empresa. Não tenhamos dúvidas: só as organizações que mantêm as rugas fora do espírito serão eternamente jovens.

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