Miguel Rangel, Director Comercial, Desenvolvimento e Comunicação da Fundação de Serralves

A comunicação publicitária tem vindo, cada vez mais, a incorporar o Branded Content (BC) no seu portfólio de técnicas para relacionar as marcas com os consumidores. Embora para alguns o BC já existisse, através de Product Placement, não há dúvida que esta ferramenta evoluiu para um estado melhorado e ampliado para todas as áreas de trabalho das agências e até mesmo dos anunciantes.

O BC entrou fortemente no mercado e rapidamente se tornou moda e parece ser a panaceia contra as fragilidades da publicidade – como se fosse a poção mágica para curar o setor da saturação publicitária existente em praticamente todos os meios de comunicação; é muitas vezes a forma de captar a atenção do público-alvo e de quebrar o tédio de como consumidor assiste à repetitiva frequência de mensagens comerciais tradicionais.

Além disso, o consumidor mudou a sua posição sobre marcas, tornou-se parte delas e participa no seu desenvolvimento e futuro através das ferramentas e conhecimento digitais. O consumidor não se conforma com os negócios como lhes são apresentados e interfere e reage como nunca o fez até agora.

Desta forma, para satisfazer as necessidades dos consumidores, sem se intrometer na sua vida, os anunciantes têm utilizado o Branded Content, sempre à procura de novas maneiras de surpreender e facilitar o caminho para um maior envolvimento com o consumidor.

Não existe uma definição exata do BC, embora geralmente seja aceite como conteúdo que contribui com algo diferente, que ajuda o consumidor a ter mais entretenimento, a escapar-se, a divertir-se e a ficar informado sobre a marca. Os mais puristas entendem que é conteúdo da marca, mas sem a marca, sem que esta apareça como tal. Seja como for, está aqui para ficar.

PP* – Product Placement

BC** – Branded Content

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