2016 foi um ano em cheio para o marketing digital. A transformação digital é cada vez mais uma parte fundamental da estratégia das empresas em todos os sectores de atividade, até porque mais do que estratégica, é hoje condição sine qua non para a sobrevivência no curto/médio prazo. O investimento em marketing digital atingiu novos recordes e tudo aponta para que continue a crescer em 2017. E com tantas novidades nesta área é importante tentar identificar tendências e preparar a abordagem das marcas antecipadamente para que possam tirar o maior partido das mudanças que se avizinham.
O live vídeo streaming, que este ano já teve um grande empurrão dos grandes players da internet como o Facebook, será um dos principais formatos de disponibilização de conteúdos já em 2017. Em Portugal já algumas marcas, como por exemplo o SL Benfica, utilizam com bastante sucesso o live vídeo streaming e com a continuada aposta das plataformas de comunidade, o próximo ano será sem dúvida o ano de afirmação deste formato.
A realidade aumentada teve o seu ponto alto com o Pokémon Go em 2016 que ajudou a democratizar/explicar o conceito. O jogo já não tem a mesma atratividade que alcançou no verão mas provou que os consumidores entendem e valorizam a tecnologia de realidade aumentada. Em 2017 muitas plataformas, com o Google à frente, vão apostar significativamente nesta área pelo que teremos seguramente muitas marcas a tentar capitalizar este crescimento.
A publicidade nativa poderá passar de promessa a realidade em 2017. A fraude, a quase indiferença dos consumidores à publicidade mais tradicional e os ad-blockers assumiram dimensões muito preocupantes e só com novos formatos será possível manter a relevância da publicidade no digital. A publicidade nativa endereça estes 3 problemas de forma bastante eficaz pelo que 2017 poderá ser mesmo o ano de afirmação.
O conteúdo voltará a ser rei. Depois do estudo no Canadá no inicio do ano que concluiu que os seres humanos têm hoje uma capacidade de atenção de 8 segundos, menos 4 segundos do que em 2000 e inferior à capacidade de atenção de um peixinho dourado, muitos outros sinais como a rápida propagação de notícias falsas, os infinitos scroll-down (que levaram ao aparecimento do conceito do thumb stopper no móvel – o conteúdo que faz parar o frenético scroll nosso polegar) ou a realização de que cada um de nós hoje raras vezes passa do título de um texto abrem espaço para que o conteúdo realmente diferenciador, estruturado, contextualizado e com profundidade possa ser um oásis no meio de tanto lixo que consumimos todos os dias. Não será um caminho fácil mas quem o conseguir percorrer estará seguramente muitos degraus acima da sua concorrência.
Por fim não poderia deixar de referir o mobile. Tendência não será seguramente pela dimensão que já hoje tem, mas na minha opinião, ainda há muito para fazer pelas marcas para poder aproveitar todo o potencial que a conetividade ubíqua, pessoal e quase ininterrupta nos traz.
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