Palmer Luckey, 21 anos, foi este mês capa da revista Wired. A razão: é a pessoa que está por detrás daquela que provavelmente será a próxima grande revolução tecnológica – Realidade virtual.
A Realidade virtual tem sido um campo de grandes promessas e gigantescas frustrações. A promessa da total imersão num ambiente virtual tem atraído não só os mais aficionados gamers, como a toda uma comunidade de cientistas, escritores, progressistas, visionários, empreendedores, médicos e técnicos. E é compreensível. Afinal, as possibilidades são enormes. Desde a aplicação evidente a jogos, ao cinema, à música, a eventos, à medicina, à educação, a viagens, à criação de toda uma nova indústria de entretenimento. No entanto, as frustrações têm sido mais que muitas. Isto porque a tecnologia não tem vivido à altura das expectativas. Uma latência demasiado grande que não permite simular a nossa visão em movimento e com os consequentes enjoos, e lentes incapazes de apanhar a nossa visão periférica, dando-nos sempre aquela sensação de que estamos a ver através de uma janela e não dos nossos olhos, ambos os problemas têm estado tortuosamente no caminho desta revolução.
Mas isso está prestes a mudar. Isto porque há 3 anos atrás, um rapaz – Palmer Luckey, na altura com 18 anos, não descansou enquanto não criou a melhor experiência possível de realidade virtual. A partir de peças de outros óculos de RV que desmontou e reconfigurou juntamente com algumas peças adicionais como lentes de lupa, Palmer fez um protótipo bom o suficiente para convencer a comunidade do kickstarter a financiá-lo com 2.4 milhões de dólares, e mais tarde, convencer o próprio John Carmack, autor legendário dos jogos Doom e Quake e de todo o conceito de jogos first person shooters, a juntar-se à equipa como director técnico. E agora, 3 anos mais tarde, junta-se a esta saga o Facebook, com um investimento de nada mais que 2 mil milhões de dólares, numa empresa que tem previsto ter o seu primeiro artigo à venda apenas no final deste ano, princípio do próximo.
Aqui parece-me sem dúvida haver fumo. E onde há fumo…..
É expectável que as primeiras grandes aplicações da RV seja ao universo dos jogos, até porque a Oculus – nome da empresa de Palmer, já tem forte concorrência da Sony, proprietária da Playstation. Mas eu diria que daí a começarmos a assistir a experiências de marcas com realidade virtual, será um instante.
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