Os Festivais de Verão começaram em Portugal na década de 90 do século passado, tal como já acontecia noutros países europeus, nomeadamente, no Reino Unido. Eram oportunidades de ver as bandas do momento num formato economicamente bem mais eficiente face aos concertos isolados tornando os preços dos bilhetes tornavam-se bem mais acessíveis, e por consequência mobilizando imensas multidões para os mesmos.
Começaram por ser realizados em locais fora dos grandes centros urbanos conseguindo, também por isso, atrair públicos para zonas mais inóspitas, com custos de vida mais baixos – refeições, alojamentos, etc.- sem que isso impedisse que se construíssem imensos parques de campismo temporários especialmente criados para os eventos.
Ora, com todos estes ingredientes juntos, a faixa da população que mais rapidamente aderiu ao formato foram os jovens, pois viam as suas bandas preferidas, e com mais sucesso no momento, num ambiente bucólico – de praia ou campo – em condições no mínimo “aventureiras” e, a acrescentar, “very very low cost”.
Com este target tão presente e tão focado, as marcas investiram e patrocinaram avidamente estes Festivais com o intuito de poderem comunicar e interagir diretamente com o target 15-25, num ambiente positivo, proporcionando experiências bem diferenciadoras e construindo uma relação mais próxima entre marcas e jovens.
Os anos passaram e, em 2012, creio que este paradoxo de, Festivais = Target jovem, está totalmente desfeito.
Senão vejamos:
Os cabeças de cartaz dos 4 mais importantes Festivais de Verão – Optimus Alive, Rock in Rio, Super Bock Super Rock e Sudoeste TMN – começaram as suas carreiras, em média, em 1982 – há 30 anos atrás; quer isto dizer que os jovens entre os 15 e 25 anos estarão a ver bandas que já existiam, no mínimo, há 5 anos quando estes nasceram; há 6/7 anos quando começaram a andar; há 8/9 quando começaram a falar; e há 10/12 anos quando começaram a perceber o que era a música!
Claro que este facto enaltece o valor das bandas das décadas de 80/90 do século XX porém, ao mesmo tempo, faz com que das duas uma – ou os jovens de hoje em dia são bem mais nostálgicos e revivalistas do que normalmente as gerações mais novas o são; ou simplesmente não vão aos festivais e não são eles que estão a encher os recintos.
Na minha opinião o que está a acontecer é a segunda hipótese.
São os pais destes, os seus irmãos mais velhos, etc. que estão a ser os grandes públicos destes festivais, pois a música oferecida é, na sua maioria, a música que os seus pais ouviam e apreciavam e que agora pagam para ver ao vivo nos Festivais de Verão.
E porquê poderá estar a acontecer isso?
Porque a geração 15-25 tem hoje condicionalismos económicos muito superiores aos que os homónimos de há 10 ou 15 anos atrás tinham e, por essa razão, não têm possibilidade de ir a estes festivais; ao mesmo tempo os organizadores dos eventos, ao perceberem este movimento, começaram a ajustar os seus cartazes para o segmento que poderia manter público nos festivais – os 35-45/50 e por aí acima. E daqui surge o facto curioso de que nos cabeças de cartaz destes festivais não exista uma banda que tenha sido criada neste século!
E este movimento não ficou por aqui…os festivais são mais urbanos e menos “regionais”.
Há uns anos o calendário destes eventos passava por Vilar de Mouros ou pela vizinha Paredes do Coura, saltava ao Ermal e descia por Ribeira d’Ilhas, Meco até à Zambujeira do Mar. Nada de grandes metrópoles! De todos estes só o último se tem vindo a realizar anualmente e o facto é que, no sentido contrário, apareceram de há 7/8 anos para cá grandes festivais em Lisboa e no Porto, precisamente onde estão os públicos de 35-50 anos, sem paciência para se deslocarem para locais inóspitos do país e ver os seus ídolos musicais da juventude, e acima de tudo, com a capacidade económica para poderem assistir aos mesmos.
Em suma, e por todos estes factores, hoje temos Festivais tendencialmente mais urbanos, com bandas que, em média, têm 30 anos de existência e por isso trazem os “hits” que acompanharam a adolescência da população que agora tem 35-40 anos e que é, por sinal, a que tem a capacidade económica para acompanhar esta oferta.
Por tudo isto digo que … inspirado nos irmãos Cohen … “Estes festivais não são para jovens”.
Suely, Lucilia, Ze9 Paulo, palavras imotetanprs de ouvir, pois percebo que a solide3o e9 inimiga da sanidade, nada como ter pessoas em torno que nos validam.Esse post acima e9 uma manifestae7e3o contra a invalidae7e3o, ne3o a minha, mas a um projeto que comee7o pelo que li, oue7o e se refore7a a cada dia, incluindo seu depoimento Ze9, de se trata de um ato poledtico de questionamento a um tipo de academia.Lu, a orae7e3o da serenidade diz que temos que ter coragem para as coisas que podemos mudar . E esse tipo de mudane7a ne3o e9 solite1ria, apesar do sofrimento atingir o indedvedduo isolado.Por isso, achei que deveria expor a queste3o, pois me senti bem seguro do que deveria fazer na prova e me espantei com a avaliae7e3o.Procuro ne3o perder o problema que temos que atuar: minimizar as consequeancias danosas e potencializar as positivas que a rede digital traz para a sociedade nesse se9culo que entra.c9 uma atitude filosf3fica.A sobreviveancia, por outro lado, nos empurra para conceder.E este e9 o jogo, ate9 onde vamos para sobreviver e deixar de ser.E nisso vai contida a estrate9gia de poupar para poder ter serenidade em algumas escolhas e independeancia para poder se portar de forma digna em alguns momentos.Acredito que todo corpo que se fecha em si mesmo, como se ne3o pertencesse e devesse mais explicae7f5es a um mundo do lado de fora acaba sendo rejeitado por este.E fica algo transitando meio sem vida, sem importe2ncia, se releve2ncia, sem interfereancia como regra, com honrosas excee7f5es.c9 algo que vai sendo consumido pela falta de energia que circula .procura-se o homogeaneo e ne3o o heterogeaneo, reproduzindo a mesma falta de energia, num cedrculo cada vez mais turvo.c9 isso, agradee7o de corae7e3o as validae7f5es e saibam que alimentam muito ne3o sf3 nesse episf3dio, mas se3o coisas que ficam como refore7o para as difedceis ope7f5es na vida, quando procuramos viver com conscieancia e dignidade a cada momento.PS- Ze9, se a revista x ne3o quis o seu texto, manda para a z se mesmo essa ne3o quer, publica na rede e pacieancia .pensei na frase: Quando a inconsisteancia acha o impasse, muda o discurso; a consisteancia, procura outro pfablico . Valeu,Nepf4.