A Rádio é um meio que o vídeo “não matou” … e que a internet revitalizou
Celebra-se hoje o “Dia Mundial da Rádio”, a data foi declarada pela UNESCO, em 2011, no mesmo ano em que o Imagens de Marca estreava o Sons de Marca, o primeiro programa de rádio dedicado à informação sobre o mundo das marcas e emitido pela TSF. Hoje, recordamos a primeira emissão, daquele que foi também um dos momentos marcantes, do percurso de uma década do Imagens de Marca e que eu tive o privilégio de coordenar.
Um meio que foi a minha escola, onde me formei como profissional da comunicação social e ao qual me dediquei durante 17 intensos e apaixonantes anos! É talvez o meio que se faz verdadeiramente com a “alma”. A alma que a voz vai desnudando a cada emissão, levando a audiência a rir ou a chorar, criando uma relação de cumplicidade, que nos tornam quase parte da família de quem nos ouve. Uma voz que tem o poder de dar asas à imaginação levando tantas vezes o ouvinte a criar as mais diversas perceções sobre quem está do outro lado do microfone. Quem faz e ouve rádio, sabe do que estou a falar. Quantos de nós, já não fomos surpreendidos, pela imagem de um locutor que é novo e que nós imaginámos alguém mais “maduro”… ou a locutora morena e alta que ao longo de tanto tempo, nos “soava” a uma mulher loira e baixa! É esta magia de estimular a criatividade individual, de tornar a experiência da comunicação personalizada, que só a rádio tem. O vídeo não a conseguiu matar… e a ameaça da internet transformou-se num nova forma de vida.
Rádio na sintonia de quase 60% dos portugueses
Continua a ser um meio fascinante para quem faz – que como se costuma dizer, deixa sempre um bichinho! A rádio é também uma companhia que ainda hoje faz parte do quotidiano de muitos portugueses. Segundo dados do Bareme Rádio da Marketest em 2013, a audiência acumulada de véspera para o meio situou-se nos 57,3%, uma percentagem de residentes no Continente com 15 ou mais anos, que referiu ter ouvido rádio na véspera. A mesma análise revela também que são os indivíduos dos 25 aos 34 anos que mais se ligam à rádio, atingindo valores na ordem dos 75,6%, sendo a faixa etária com mais de 64 anos, a que atualmente se desliga mais deste meio, com 33,4% de audiência.
Um meio cuja relevância foi reconhecida por algumas marcas do setor das telecomunicações que se posicionam no território da música, fazendo ainda hoje parte da estratégia da MEO, com a Rádio MEO Sudoeste, e da Vodafone, com a Vodafone FM. São exemplos de como a rádio se revelou um meio eficaz para a ativação das marcas, na construção diária de uma relação de proximidade com os consumidores. A rádio tem tido a capacidade de se reinventar, seja nesta vertente de branding, seja na forma como soube ampliar a sua experiência nos meios digitais, potenciando e rentabilizando nestas plataformas o investimento dos anunciantes, desenvolvendo as mais diversas ações de comunicação. As próprias marcas de rádio, são hoje, mais ambiciosas nas suas estratégias de marketing. Não são poucas as marcas deste meio, que atualmente vão saindo dos estúdios e se ativando junto dos ouvintes investindo em ações de rua, concertos e espetáculos que levam para o palco os programas ao vivo, protagonizados pelas vozes que todos os dias estão no ar. Um meio que, ao que parece, está longe de perder a “frequência”!
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