Dia Mundial da Rádio

13 de Fevereiro de 2014 em Entrevistas

Dia Mundial da Rádio

A Rádio é um meio que o vídeo “não matou” … e que a internet revitalizou

Celebra-se hoje o “Dia Mundial da Rádio”, a data foi declarada pela UNESCO, em 2011, no mesmo ano em que o Imagens de Marca estreava o Sons de Marca, o primeiro programa de rádio dedicado à informação sobre o mundo das marcas e emitido pela TSF [1]. Hoje, recordamos a primeira emissão, daquele que foi também um dos momentos marcantes, do percurso de uma década do Imagens de Marca e que eu tive o privilégio de coordenar.

Um meio que foi a minha escola, onde me formei como profissional da comunicação social e ao qual me dediquei durante 17 intensos e apaixonantes anos! É talvez o meio que se faz verdadeiramente com a “alma”. A alma que a voz vai desnudando a cada emissão, levando a audiência a rir ou a chorar, criando uma relação de cumplicidade, que nos tornam quase parte da família de quem nos ouve. Uma voz que tem o poder de dar asas à imaginação levando tantas vezes o ouvinte a criar as mais diversas perceções sobre quem está do outro lado do microfone. Quem faz e ouve rádio, sabe do que estou a falar. Quantos de nós, já não fomos surpreendidos, pela imagem de um locutor que é novo e que nós imaginámos alguém mais “maduro”… ou a locutora morena e alta que ao longo de tanto tempo, nos “soava” a uma mulher loira e baixa! É esta magia de estimular a criatividade individual, de tornar a experiência da comunicação personalizada, que só a rádio tem. O vídeo não a conseguiu matar… e a ameaça da internet transformou-se num nova forma de vida.

Rádio na sintonia de quase 60% dos portugueses

Continua a ser um meio fascinante para quem faz – que como se costuma dizer, deixa sempre um bichinho! A rádio é também uma companhia que ainda hoje faz parte do quotidiano de muitos portugueses. Segundo dados do Bareme Rádio da Marketest em 2013, a audiência acumulada de véspera para o meio situou-se nos 57,3%, uma percentagem de residentes no Continente com 15 ou mais anos, que referiu ter ouvido rádio na véspera. A mesma análise revela também que são os indivíduos dos 25 aos 34 anos que mais se ligam à rádio, atingindo valores na ordem dos 75,6%, sendo a faixa etária com mais de 64 anos, a que atualmente se desliga mais deste meio, com 33,4% de audiência.

Um meio cuja relevância foi reconhecida por algumas marcas do setor das telecomunicações que se posicionam no território da música, fazendo ainda hoje parte da estratégia da MEO [2], com a Rádio MEO Sudoeste, e da Vodafone, com a Vodafone FM. São exemplos de como a rádio se revelou um meio eficaz para a ativação das marcas, na construção diária de uma relação de proximidade com os consumidores. A rádio tem tido a capacidade de se reinventar, seja nesta vertente de branding, seja na forma como soube ampliar a sua experiência nos meios digitais, potenciando e rentabilizando nestas plataformas o investimento dos anunciantes, desenvolvendo as mais diversas ações de comunicação. As próprias marcas de rádio [3], são hoje, mais ambiciosas nas suas estratégias de marketing. Não são poucas as marcas deste meio, que atualmente vão saindo dos estúdios e se ativando junto dos ouvintes investindo em ações de rua, concertos e espetáculos que levam para o palco os programas ao vivo, protagonizados pelas vozes que todos os dias estão no ar. Um meio que, ao que parece, está longe de perder a “frequência”!

URL do artigo: http://imagensdemarca.sapo.pt/entrevistas-e-opiniao/entrevistas/dia-mundial-da-radio-2/
Copyright © 2012 Imagens de Marca. Todos os direitos reservados.