O Estoril está hoje no centro das atenções. Na Escola Superior de Hotelaria e Turismo discute-se o passado, o presente e o futuro daquela que é uma das mais importantes atividades económicas do nosso país, o turismo.
Alberto Marques, consultor e docente em cursos superiores e de pós-graduação em Turismo, realizou no final desta manhã uma retrospetiva do passado do turismo português, explicando como é que o setor conseguiu ultrapassar a crise económica internacional e as alterações políticas em Portugal verificadas no decorrer dos anos 70, que geraram uma diminuição na procura do mercado nacional de alguns dos principais emissores turísticos internacionais.
A recuperação viria nos anos 80 com a renovada política de incentivos estatais e com o Plano Nacional de Turismo, iniciado em 1983, que reforçou a importância do turismo local. O campismo, o turismo em espaço rural, as pousadas, o turismo ecológico, entre outros, configuraram-se como campos de ação bem sucedidos, segundo este especialista.
Nos últimos 20 anos o turismo passou a ser uma atividade económica decisiva no contributo para a formação do Produto Interno Bruto (PIB). O ano de 2011, segundo dados divulgados pelo Turismo de Portugal, não foi um ano negativo para o setor, uma vez que registou um crescimento em dormidas, hóspedes e receitas na ordem dos 5 a 8%. O turismo vale quase 45% das exportações de bens e serviços e 10% do PIB.
São várias as questões que se colocam quanto ao futuro do Turismo em Portugal, mas hoje ainda não há respostas em concreto. Tal como esclarece Alberto Marques, questões como o aumento do preço de combustíveis, as alterações climáticas ou até onde irão as inovações tecnológicas constituem-se como alguns dos condicionalismos que se apresentam ao turismo.
A Organização Mundial do Turismo estima que em 2030 possa haver cerca de 1,8 mil milhões de turistas em todo o mundo.
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