Setor do retalho mantém crescimento estável

17 de janeiro de 2017

Setor do retalho mantém crescimento estável

As receitas agregadas das 250 maiores empresas de retalho a nível mundial atingiram os 4,31 biliões (1012) de dólares no ano fiscal de 2015, correspondente ao último exercício encerrado até junho de 2016, de acordo com o estudo Global Powers of Retailing 2017: The art and science of customers da Deloitte.

As cadeias norte-americanas Wal-Mart Stores, Inc., Costco Wholesale Corporation e The Kroger Co. mantêm a liderança no ranking global, seguidas pela alemã Schwarz Unternehmenstreuhand KG, detentora do Lidl. Apesar dos quatro maiores retalhistas manterem este ano as suas posições, as restantes posições no top 10 alteraram-se significativamente, com destaque para a entrada da Amazon, empresa fundada em 1994 e que se estreou no nosso ranking em 2000 na 186ª posição.

Pelo terceiro ano consecutivo, o crescimento das receitas dos 250 maiores retalhistas de moda e acessórios ultrapassou o dos restantes segmentos. Historicamente, este segmento é também o mais rentável, e o ano de 2015 não foi exceção.

No entanto, os retalhistas alimentares mantêm-se, com grande distância, como as empresas de maior dimensão (receita média de cerca de 21,6 mil milhões de dólares), e com maior representatividade no ranking (133 retalhistas que representam pouco mais de metade das 250 maiores empresas e dois terços das receitas agregadas).

A nível nacional, a Jerónimo Martins SGPS, S.A. e a Sonae SGPS, S.A. continuam a assegurar lugares relevantes no ranking, mantendo a sua posição relativa dentro da Zona Euro. A Jerónimo Martins (19º da zona Euro, 64º mundial) registou um crescimento de 8% das receitas em Euros, impulsionado pelo reforço da liderança da operação na Polónia. A Sonae (41º da zona Euro, 175º mundial) apresentou um crescimento de 1% nas receitas em Euros, resultado da aposta na inovação e na crescente internacionalização das suas insígnias.

O estudo Global Powers of Retailing 2017 analisa também a arte e a ciência de nutrir a relação com o consumidor, no sentido de ajudar os retalhistas a criarem novas experiências, proporcionadas pela tecnologia, e a reforçarem a fidelização dos clientes. Os retalhistas mais inovadores sabem que a tecnologia já não é um complemento à experiência do consumidor, mas antes parte integrante da mesma.

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Jornalista: Marco Silva

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