Grande parte do seu tempo é passado fora de Portugal, nomeadamente em Londres.
José Neves costuma dizer que “a Farfetch tem uma mãe portuguesa e um pai inglês, ou vice-versa, já que nasce com escritórios nos dois países, é uma marca luso britânica”.
A entrevista ficou, por isso, marcada para o Farfetch Gathering, o encontro que reuniu em Guimarães cerca de 2 mil colaboradores da empresa, vindos dos escritórios em Portugal, Reino Unido e Rússia. Um evento privado que tivemos apenas a possibilidade de espreitar ainda antes de começar e que, segundo o fundador da Farfetch, “celebra os resultados dos últimos 12 meses que têm sido extraordinários, é um dia educativo para que todas as pessoas que entram aprendam o espirito e é também o dia de desvendar estratégias da empresa”. Mesmo no universo dos Tech Business o segredo continua a ser a alma do negócio!
O que nos trouxe até Guimarães foi a tecnologia, ou melhor, perceber a forma como a tecnologia está a mudar os negócios. E nesse campo a Farfetch está definitivamente na moda. De plataforma de E-commerce a projetos como a “Loja do futuro”, a startup já considerada unicórnio está a revolucionar o mercado do luxo com tecnologia made in Portugal. (Veja também a entrevista a Cipriano Sousa, Administrador para a área de Tecnologia da Farfetch)
Na Era dos Ativos Digitais
“85% de tudo o que se produz na Farfetch é feito aqui em Guimarães” a explicação é dada na nossa visita à área de Creative Productions. O que se produz? Ativos digitais, ou seja, fotografias e conteúdos para colocar online. E os números impressionam: tem capacidade para processar 3.700 artigos por dia; uma produção aproximada de 16.000 fotografias; são 36 estúdios (Live Model, Flat, Stills, Kids e Jóias); 70 fotógrafos e 80 editores de imagem entre os mais de 300 colaboradores em Guimarães; uma produção anual prevista de 440.000 artigos para este ano. (veja a entrevista a Ana Sousa – Diretora de Estratégia Global de Pessoas da Farfetch)
“Somos uma plataforma global para o mundo da moda” explica-nos Luis Teixeira, diretor geral da Farfetch em Portugal, e acrescenta que “muitas empresas olham para a Farfetch como um site, que é importante, mas na realidade um dos pontos fortes é o que está por detrás, o BackOffice que permite gerir o comércio à escala global, sem ter tecnologia é impossível gerir uma operação a esta escala”. E a escala é a de 1 milhão de clientes em mais de 190 países com um volume de negócios de cerca de 800 milhões de dólares em 2016. (veja a entrevista)
Não perca a reportagem da Farfetch este fim de semana, na SIC Notícias. Estreia online domingo às 22h00.
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