17 de dezembro de 2012

Brand New World

Não considero o caso desta semana brilhante mas aproveito-o para desabafar sobre a forma como é entendida a inovação em comunicação, pela maioria dos altos responsáveis pelas marcas no nosso país.

No inicio de 2010, por ocasião do aniversário de uma grande marca internacional, eu e a equipa com que trabalhava na altura, propusemos fazer uma maquina de vending, que em vez de ser operado por moedas, dispensava produto se cantássemos o ‘Parabéns a você’.

Consultei um parceiro e amigo genial, que arranjou forma de viabilizar o projecto tecnologicamente e conseguimos um preço para a acção toda, já com vídeos dos melhores momentos, disseminação nas redes sociais, RP e duas máquinas, por menos de metade de um spot de 30’’ no horário nobre dos canais nacionais.

O cliente ‘achou piada’ à ideia mas não aprovou o orçamento. Considerou caro e preferiu gastar o dinheiro em coisas banais, como cartazes e faixas comemorativas. Ainda considerou fazer a acção sem a tecnologia, colocando uma pessoa dentro da máquina de vending (juro que isto é verdade).

Mais de dois anos depois, a Coca-Cola, através da agência JMW Stockholm, faz a acção que vos mostro no vídeo, que é já um ‘viral’, visto e partilhada por uns milhões de pessoas por um custo infinitamente menor que uma campanha de TV necessitaria para ‘atingir’ uma audiência semelhante, sem nunca saber se ela teria ou não visto e gostado.

Todos os criativos neste país já passaram por isto, pelo menos uma vez. Infelizmente eu já conto umas largas dezenas e confesso que fico triste por continuar sem ver grandes melhoras.

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Autor: João Geada, King of Lalaland

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