Antes de criar uma empresa, os empreendedores devem procurar definir a sua ambição, proposta de valor, o seu modelo de negócio (preferencialmente inovador) e devem iniciar uma estratégia de mitigação de riscos, através da definição de uma tipologia de riscos genéricos para as startup’s (o preço do produto ou serviço é adequado? A equipa de profissionais é a mais indicada?).
Quanto maior é a mitigação de riscos maior é a probabilidade de sucesso da empresa. E é precisamente aqui, na fase que antecede o arranque do negócio, que reside o segredo da sustentabilidade de muitas startup’s.
Foi assim que Marco Fernandes deu, em parte, resposta à questão “Como empreender de forma sustentável?”. Foi ao responsável da DNA Cascais, agência municipal criada há 6 anos com o objetivo de ser uma plataforma entre empreendedores e investidores, que coube o papel de iniciar mais uma sessão de trabalhos em torno do tema empreendedorismo.
Marco Fernandes frisou a importância de se falar com parceiros e testar o produto ou serviço junto dos clientes antes mesmo da criação da empresa. “Um empreendedor mostra-se no pré-projeto. É necessário ter atitude e ser aberto à mudança”, explicou o responsável daquela entidade.
Nesta palestra foram apresentados alguns casos de sucesso de empreendedorismo, que contaram com o apoio da DNA. O projeto Belmont Energy foi um deles.
Esta empresa disponibiliza sistemas informáticos de monitorização energética em tempo real, através da internet e de outros dispositivos de controlo remoto, como computadores, tablets ou smartphones. A monitorização é realizada através de um software que indica os consumos elétricos, de gás e água de determinada infraestrutura, temperatura, qualidade do ar e emissões de carbono. Este software permite igualmente adotar medidas que levem à redução dos consumos.
Depois de consolidar a sua presença em Portugal, a Belmont Energy já está a operar no Chile, ao ter sido uma das duas empresas portuguesas selecionadas para participar no Start-Up Chile, um programa de empreendedorismo promovido pelo governo chileno.
“Da crise podem nascer ideias e novas oportunidades”, afirmou de seguida Soraya Gadit, uma das fundadoras da Inocrowd, uma plataforma tecnológica, cujo objetivo é facilitar a ligação entre os investigadores e as empresas que precisam de inovar. Em primeiro lugar, as organizações colocam um desafio nesta rede social. Depois, o investigador que encontrar a melhor solução tem direito a receber um prémio pecuniário.
Trata-se de um negócio que se baseia no conceito de “crowdsourcing”, que significa que o conhecimento pode não estar estritamente dentro da organização, mas em qualquer parte do mundo. Lançada em 2011, a Inocrowd afirma ter já ajudado algumas empresas de renome a encontrar soluções para os seus problemas.
Projetos que começam a mostrar resultados e que são um exemplo de como é possível conciliar o desenvolvimento económico com o equilíbrio ambiental.
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