Nunca tinha estado na Suíça. Esta foi a primeira vez. Mas ainda antes de embarcar levava comigo as imagens que a maioria idealiza sobre este país. Um país de ícones presentes em toda a parte. Das montanhas aos diversos lagos, passando pelas cidades de aspeto medieval, e claro está, aos seus famosos queijos e chocolates.
Por isso não posso afirmar que a surpresa foi total. São estas as imagens que quase todos nós temos, e que têm ajudado a projetar a imagem do país a todo o mundo. Podemos então pensar que o país está a trabalhar bem a sua imagem a nível internacional? Na minha opinião, acredito que sim.
Além destes símbolos naturais há todo um património que começou a ser trabalhado há muitos anos e que se associa ao país. Da tradição da indústria relojoeira, à doce produção de chocolates, a uma reputação do setor da banca ímpar.
Nicolas Bideau é o Embaixador da Présence Suisse, entidade responsável pela promoção do país, e ele afirma que o país está numa encruzilhada. Se por um lado é um país tipicamente neutro, talvez fechado sobre si mesmo, tem agora que se abrir às exigências de um mundo cada vez mais global, de uma União Europeia que nem sempre entende o papel desempenhado pelos suíços.
E é esta a encruzilhada: se por um lado há a necessidade de se abrirem ao mundo global, por outro “Temos de preservar aquilo que somos porque o que somos é muito poderoso”.
Há quem concorde com a política e estratégia seguida pelo país e há quem discorde, mas a verdade é que as próprias palavras de Nicolas Bideau, proferidas no seu escritório na capital do país, Berna, deixam qualquer um a pensar.
E a verdade é que a aposta na especialização de alguns setores específicos que conquistaram reputação a nível global, a preservação e respeito pelo meio ambiente com áreas urbanas complemente inseridas na paisagem tem atraído muitos estrangeiros, incluindo portugueses. Estão por todo o lado e não passa muito tempo sem ouvirmos a língua de Camões. Talvez tenham emigrado por alguma destas razões, ou simplesmente, à procura de melhores condições de vida.
Eu não o vou fazer, mas gostava muito que Portugal seguisse, pelo menos, alguns destes exemplos da economia que é hoje a mais competitiva do mundo, de um país preciso, como um relógio suíço.
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