A quarta-feira, 2 de Janeiro de 2013 amanhece fresca mas sem chuva. O sol nasce às 7h54 e rapidamente aquece um pouco a fria manhã que se sente nas ruas. Nessa manhã o único frio que se sentia era na pele porque a temperatura da comunicação promocional das marcas estava ao rubro…senão vejamos.
McDonald’s anunciava o McMenu a €3,95; FNAC dava destaque aos descontos de 20%, 40% e 65% em várias categorias de produtos; Worten desvendava o dia 5 como o dia 30, – com 30 produtos com 30% de desconto; o Pingo Doce sossegava os Portugueses com um desconto de 10% num largo cabaz de produtos básicos; GALP e Continente iniciavam a comunicação de 10 cênt. de desconto em combustível, obtidos depois de €30 de compras feitas num hipermercado e, poucos dias depois, descontos de 75% em cartão num conjunto de artigos; paralelamente milhares de montras por todo o país anunciam SALDOS com percentagens de descontos a atingir os 70% e 80% and so on, and so on, and so on…
Estes foram apenas alguns exemplos dos apelos promocionais com os quais, logo no primeiro dia útil do ano, os Portugueses foram impactados.
As marcas são todas, sem excepção, líderes dos seus mercados, referência de consumo para milhões de consumidores, e a mensagem e o tom do ano ficou traçado nesse dia. Vai ser um ano dificil para todos, a gestão da tesouraria familiar dos portugueses vai ser apertada porém para estas e, certamente para muitas outras marcas, a preparação do ano 2013 foi feita tendo por base um aumento da intensidade e comunicação promocional, e o dia 2 de Janeiro foi disso demonstração e foi só o início.
Será difícil nestes tempos conseguir convencer algum director de marketing a comunicar algo diferente do que a agressividade promocional da sua marca, o seu preço competitivo, o novo formato mais económico ou o desconto em talão ou cartão que a sua marca concede ao cliente.
Não há como fugir deste discurso mas isso é, na minha opinião, um efeito positivo destes tempos. O aumento da competitividade dos negócios demonstra que, apesar de todas as dificuldades, a economia está activa e os agentes não vão ficar “impávidos e serenos” à espera de melhores dias – pelo contrário, vão lutar pelos seus negócios, pelos resultados e as marcas de referência deram o mote.
A Economia obriga, as marcas comunicam e o consumidor agradece.
E assim segue o país e o dia 2 de Janeiro chega ao fim, novamente com frio, mas ainda sem chuva…bom ano e boas compras!
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