Quando as marcas passam o protagonismo para os seus utilizadores

1 de abril de 2014

Quando as marcas passam o protagonismo para os seus utilizadores

Miguel Figueiredo - CEO excentricGrey

Para o lançamento do novo HTC One, a HTC lançou uma campanha desenvolvida pela agência Deutsch, LA, que pouco ou nada diz sobre o produto. E no entanto, diz tudo.

A viagem por esta campanha pode começar por um de dois filmes:

Vídeo 1

Vídeo 2

Em ambos, Gary Oldman recebe-nos apenas para nos dizer que não vai falar sobre as características do HTC one porque o tipo de pessoa que está interessado num smartphone superior como este, ou já conhece, ou não vai ligar ao anúncio e a seguir vai ver o que se diz sobre o equipamento na net. E por  isso, poupa-nos a discursos e simplesmente fica a aguardar que nós vamos à net…

Para além de utilizar psicologia invertida de uma forma extremamente inteligente, com esta campanha, a HTC revela não só que conhece a experiência de compra dos seus compradores, como arrisca tudo na plena confiança de que o veredicto feito na net sobre o seu equipamento só lhe pode ser favorável.

E a julgar por esta pesquisa no Google, esta é uma aposta vencedora:

newhtcone

Mas o contacto com esta campanha pode também começar no site da HTC. E aí, sem medos, a HTC faz uma lista de reviews feitas tanto pelos media especialistas, como pelos utilizadores. Mais uma vez, sem medos.

 htc_one_2

Com esta campanha, a HTC mostra que conhece muito bem o mundo em que vivemos. Um mundo em que as marcas estão sob escrutínio constante do público e como tal, mais do que tentar controlar o que estes dizem, o que é preciso é viver à altura das suas expectativas. Tarefa que não é de todo fácil, mas o único caminho viável para o sucesso.

Este é de facto um excelente exemplo do que todas as marcas já deveriam ter compreendido. Que hoje, nos tempos que vivemos, só têm razão de existência as marcas que forem as melhores em alguma coisa, para alguém. O resto, simplesmente não conseguirá enganar os consumidores por muito mais tempo e a sua morte, é nada mais que uma mera inevitabilidade.

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