A nova campanha da Dolce & Gabbana suspendeu a inspiração siciliana e abriu os braços a Espanha. A tentar refazer-se de um período mediático muito intensivo – e sobretudo negativo – a D&G começa em 2015 um novo ciclo, curiosamente, que coincide com a comemoração dos seus 30 anos.
Motivada ou não pela crise reputacional, a decisão da D&G em apoiar-se noutra grande marca para promover os seus produtos – a Espanha – pode significar o início de um ano rico em parcerias para muitas marcas ou empresas.
Posso ser antiquado mas, para mim, o início do ano continua a ser uma época de renovação e reciclagem. Sendo assim, acredito que 2015 será o ano das uniões estratégicas entre empresas e marcas – grandes e pequenas.
Esta tendência será transversal a várias áreas da economia, e o marketing e comunicação não escaparão. Aliás, parte dessa tendência será “incubada” pelas próprias estratégias de marketing e comunicação das empresas.
Estas parcerias terão de ser mais do que a soma das partes, mas uma verdadeira união entre ambições e trajectos futuros, tendo em conta também a retrospectiva histórica de ambas.
Na verdade, estas parcerias estratégias entre marcas e empresas sempre têm funcionado ao longo dos tempos. A nova era da transparência, o perfil do novo consumidor e o receio da instabilidade da economia terá elevado a sua necessidade nos últimos tempos? Sim, é possível.
Mas esta tendência não resolve problemas estruturais nas empresas nem atira para o lixo todo o histórico de erros estratégicos. Nem implica, obrigatoriamente, a troca de percentagens accionistas. Pensar assim seria um erro.
Dentro de 11 meses, quando regressarmos ao frio de Dezembro, saberei se este meu futurismo ter-se-á revelado acertado. Até lá, vou fazer tudo para que a minha empresa contribua para esta realidade.
Comentários (0)