O poder da influência

13 de setembro de 2017

O poder da influência

Pedro Sousa, Head of Digital Operations IPG Mediabrands

Esta semana realiza-se, nos dias 13 e 14 de setembro, em Colónia (Alemanha), um dos encontros mundiais mais importantes na área da economia digital, o DMEXCO (Digital Marketing Exposition & Conference). Sem dúvida o palco principal para ficar a conhecer algumas das tendências de marketing e dos media digitais dos próximos tempos, nomeadamente o poder de influência das plataformas digitais.

Será o poder de influenciar o novo “ouro” da indústria do marketing, uma tendência social sobrestimada ou apenas mais do mesmo? Se recuarmos até aos tempos mais antigos, a verdade é que o poder de influência sempre existiu. O poder dos influenciadores, assente na mão de um núcleo muito restrito, era medido pela audiência alcançada, a reputação construída ao longo dos anos ou a aderência às preocupações e temas mais comuns em cada momento. Este foi o padrão durante anos, décadas, séculos.

E todos vivemos felizes até à chegada da era digital, que veio exacerbar o poder de influência. Este já não era apenas privilégio de poucos, passando a estar ao alcance de qualquer um que ocupasse o espaço vazio deixado pelo declínio da confiança dos consumidores e entendesse os novos códigos das sociedades. Os consumidores começaram a usar e a reunir uma base de seguidores em comunidades interessadas nos seus pontos de vista, na partilha de experiências ou no magnetismo do conteúdo construído.

Muitas marcas quiseram aproveitar este poder em seu proveito, mas há uma série de aspetos que devem ser tidos em consideração. Como podem as marcas tirar proveito de uma vasta lista de possibilidades e trabalhar num modelo que traga vantagens para todas as partes interessadas, marcas, influenciadores e comunidades?

Este é um desafio que implica uma combinação de vários aspetos:

  • Definir âmbitos de intervenção para todas as partes interessadas e quais os indicadores a considerar para medir o sucesso e a contribuição de cada stakeholder; desta forma, consegue-se gerir expetativas e definir uma abordagem realista;
  • Construir uma narrativa forte, convincente e verdadeira, a qual ajudará a inserir as marcas em contextos com interesse para o público. A compreensão da cultura que nos rodeia é fundamental para criar histórias convincentes, narrativas significativas e conteúdos impactantes.
  • Selecionar os parceiros / influenciadores que melhor combinem o interesse das suas plataformas, os seus próprios públicos e o conteúdo produzido.
  • Aprender continuamente com as mudanças que enfrentamos todos os dias, transformando essa aprendizagem em oportunidades.
  • Por último, mas não menos importante, procurar a ajuda de especialistas que possam liderar o tema, combinar o uso das melhores ferramentas, compreender o poder dos dados, traduzir em conteúdo as necessidades das comunidades, alinhando todas as vertentes com as orientações principais da estratégia comercial e de comunicação.

Como esta abordagem, as marcas podem desbloquear o verdadeiro poder dos influenciadores e gerar mais valor.

Pedro Sousa, Head of Digital Operations IPG Mediabrands

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Por Pedro Sousa

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