Álvaro Covões está nas lides dos espectáculos há tempo suficiente para perceber que o negócio do lazer e da cultura vai muito para além da música. Ao longo das 7 edições do Optimus Alive, a Everything is New tem vindo a desenvolver, para além de “cartazes magnéticos” que atraem dezenas de milhar de pessoas a Algés, um programa de apoio ao desenvolvimento cultural e cientifico materializado em bolsas de Investigação Optimus Alive. Acredito que estas pequenas incursões nas áreas da Arte e da Ciência tenham levado a empresa a perceber que uma potencial aplicação do modelo de negócio da música que tantos milhões de pessoas mobiliza há algumas décadas em Portugal, podia também ser de sucesso se aplicado à Arte.
O modelo é demasiado óbvio e o estranho não é ter aparecido…estranho é só agora ter aparecido…a lógica é muito simples e linear…
Nos anos 80 e 90, a acompanhar o desenvolvimento económico do nosso país, começaram a ser frequentes os espectáculos com bandas e artistas internacionais que durante décadas os Portugueses queriam ter isto mas não tinham como…os Festivais de Verão foram os grandes propulsores desta (na altura) nova oferta a que, largos anos passados, os Portugueses continuam a aderir de forma massiva; a receita parece simples – pegar em cabeças de cartaz, ídolos mundiais actuais ou mais revivalistas, e em cima de grandes campanhas de Marketing e Comunicação, mobilizar para um local e data largos milhares de pessoas que convivem com os artistas e com um número limitado de marcas que ambicionam criar relações diferenciadas com os seus públicos…e assim está criado um negócio que hoje move milhões de tudo – pessoas, euros, marcas, horas, kms, anuncios, etc…
Em 2013 Álvaro rodou esta máquina de promoção para a Arte e basicamente quebrou a barreira que mentes mais ortodoxas pretendiam manter protegida numa redoma erudita e codificada. Álvaro quebrou esta separação e mérito a quem percebeu, do lado dos Museus, que a melhor maneira de atrair públicos aos Museus dar-lhes o que estes procuram – os cabeças de cartaz da Arte – tal como acontece na Música;
O que a Everythig is New fez com Joana Vasconcelos no Verão de 2013 e no Museu Nacional de Arte Antiga este Inverno é assinalável e digno de louvor; Joana viu a sua exposição ser presenteada com 235.373 visitantes, a mostra mais vista de sempre em Portugal. Durante algumas semanas no Palácio Nacional da Ajuda foram intermináveis as filas de pessoas que queriam ver as 38 obras da artista portuguesa mais “mainstream” da actualidade. Os dados são esmagadores – durante o primeiro mês de exposição houve mais visitantes do que no Palácio Nacional da Ajuda em todo o ano anterior. A última vez que o Palácio da Ajuda acolheu uma exposição que despertasse tanta atenção do público foi em 2007 quando apresentou De Pedro, o Grande a Nicolau II: Arte e Cultura do Império Russo nas Colecções do Hermitage. Esta exposição com peças do Museu Hermitage, de São Petersburgo, entre Outubro de 2007 e Fevereiro de 2008, foi visitada por 105 mil pessoas.
A experiência correu visivelmente muito bem e Covões lançou-se a um desafio ainda maior – Museu Nacional de Arte Antiga – e para tal havia que identificar qual o mainstream desta área – mérito à Direcção do Museu que mercê das relações priviligiadas com outros museus europeus conseguiu trazer a Portugal peças do Museu do Prado com cabeças de cartaz como Rubens, Brueghel entre outros; se já se tinham os artistas, o local de renome e um endorser Mundial, faltava a comunicação e nisso a Everything is New não descurou e vimos mupis, ouvimos spots de rádio, vimos spots de televisão a criar o apetite à visita…e os resultados estão à vista – a exposição só termina a 30 de Março mas no mês de Janeiro o MNAA já registou o melhor Janeiro de sempre multiplicando por 5x o melhor registo anterior…
Tal como na Música, também na Arte quando se juntam cabeças de cartaz e comunicação, ao valor que sempre lá esteve, temos sucesso. O modelo estava montado, tinha sido testado com imenso sucesso na Música e a sua exportação para a Arte era tão evidente mas ainda ninguém o tinha visto, tal como o equilibrio do ovo que Colombo facilmente resolveu. Neste caso não foi Colombo mas Álvaro que resolveu este problema criando o seu próprio ovo, o Ovo de Covões…
APOIADO… PARA SE DIVULGAR CULTURA MUITOS OVOS DE COVÕES!!!
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