O mundo ao contrário

11 de dezembro de 2015

O mundo ao contrário

Miguel Rangel, Director Comercial, Desenvolvimento e Comunicação da Fundação de Serralves

As sociedades contemporâneas estão cada vez mais caracterizadas pelas contradições construtivas que, ao contrário de subverterem os negócios e os valores, as podem manter equilibradas e sustentáveis.

O caso mais recente desta aparente contradição construtiva é a utilização pela marca Facebook da media tradicional para reforçar as suas mensagens e posicionamento. Ver aqui.

Por todo o mundo, milhões de empresas e marcas continuam hoje a tentar perceber como podem potenciar os seus negócios no Facebook porém, surpreendendo tudo e todos, a marca lança uma forte campanha de media multimeios fora do seu ambiente natural de comunicação online.

Depois de em 2012 ter surpreendido o mundo com a sua primeira campanha “chair”, ao atingir o 1º bilião de utilizadores, a empresa volta de novo à televisão e outdoors para reforçar a sua importância na vida de cada um de nós e de que a coisa mais importante que se pode ser na vida é amigo de alguém.

O que é curioso neste momento é que quando uma das mais valiosas e conhecidas marca do planeta quis partilhar algo com o mundo tenha usado a “media tradicional” para o fazer; e fez isso há 3 anos e voltou a fazê-lo este ano. Caso para pensar que na comunicação como na alimentação tudo deve ser consumido com moderação e o mais ajuizado é ter um investimento variado.

A marca que mais colocou o mundo em contacto e em partilha mútua de informações e experiências, quando o quis fazer para si própria veio para a rua ,e para as nossas televisões, demonstrar o quanto é bom partilhar, o quanto é bom ter amigos e quanto o Facebook contribuiu para isso.

São estas boas noticias para a “media tradicional”, boas noticias para o Facebook e boas noticias para a sociedade que demonstra que não descarta com o novo o que já existia mas antes se reinventa, se reforça e fica mais forte coesa.

Não, o mundo não está ao contrário, pelo contrário, está a usar todos os meios para ficar mais forte.

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Comentários (1)

  1. A prova de que o marketing não é on nem off line, o marketing deve ser blended!

    por: Ana das Neves Fleming Silva,

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