Há uns dias ouvi uma frase com qual concordo totalmente “Nunca, como nos últimos cinco anos, o mundo mudou tanto em tão pouco tempo – a lógica de 2008 era de que o mundo estaria sempre a crescer mas isso não aconteceu e muitas empresas, governantes e também os consumidores acharam isso…”.
A lógica do crescimento constante começou a perder força nos EUA em 2008 com a crise do subprime, contagiou a Europa através da crise das dívidas soberanas com o primeiro impacto a sentir-se na Grécia em 2010 e mais tarde na Irlanda, Portugal, Espanha e Itália levando a que algumas destas economias passassem a ser intervencionadas por entidades externas. Não obstante os diferentes graus de arrefecimento das economias europeias, são já frequentes as noticias de fortes ajustamentos nas economias holandesa, sueca, inglesa, francesa, entre outras à partida arredadas destes problemas dos países do sul da Europa.
Por tudo isto está mais do que provado que a Europa abrandou, talvez tenha parado, quem sabe até retrocedeu face há 5 anos. No nosso país a travagem foi brusca e aqueles que conduziam sem cinto de segurança foram violentamente projetados…
Hoje, em 2013, muito por cá se discute como será o país após o final do período de intervenção em que actualmente está mergulhado;
Como será o país do próximo ano para diante?
Nada vai ser como dantes já foi… mas tudo será como agora já é…
Valorização exacerbada ao preço,
Procura constante de promoções,
Planos de comunicação assentes na oferta e menos nos conceitos,
Menos projectos de fidelização com benefícios diferidos e muitos com imediatos,
As ofertas low cost a serem o novo cost,
And so on, and so on…
Sai a Troika e nada mudará no comportamento que os consumidores, as marcas e os Marketeers hoje já têm – o trajecto está traçado, mas creio que de 2013 para a frente haverá ainda menos espaço para os desperdícios, para as campanhas menos bem sucedidas, para os lançamentos de produtos só para ocupar espaço no top of mind dos consumidores…serão tempos de menos “folclore e confetis”, de maior pragmatismo e racionalidade.
Daqui a 5 anos tudo será ainda mais diferente mas, estou certo, de que as marcas que nestes tempos melhor se colocarem ao lado das verdadeiras e básicas necessidades dos seus clientes melhor conviverão com o “novo normal”.
Muito bem .Nunca mais volta a ser o que era
Uma constatação ! Mas, quanto seria bom voltarmos a 2005 e sabermos que o que hoje sabemos. Espero que até 2013 apredamos a lição !