Fraude, ad-blockers e cansaço dos consumidores são as principais razões para pensar em mudar a forma como fazemos campanhas digitais.
A fraude tem vindo a crescer e algumas estimativas apontam para que já 30% do inventário servido no mundo inteiro não seja visto por seres humanos. Adicionalmente, más práticas com formatos intrusivos e mensagens pouco transparentes têm criado bad will nos consumidores que se viram cada vez mais para a utilização de ad-blockers (em alguns países são utilizados por mais de 40% da população). Estas tendências são muito preocupantes e obrigam a repensar a estratégia de comunicação digital.
Se pensarmos na forma como hoje os consumidores interagem com as marcas, procurando aquelas com que se identificam não só pelos produtos que vendem mas pelos valores que defendem e exigindo uma relação mais profunda que vá para além do transacional puro, parece claro que novos formatos como o content marketing e native advertising serão fundamentais para se conseguir impactar os consumidores de forma relevante. Mas há ainda um longo caminho a percorrer para que estas áreas cresçam nos orçamentos de Marketing, do lado da oferta ainda não há muita maturidade com processos lentos e preocupações de ética sobre a produção/associação de conteúdo, e do lado da procura continuam a existir muitas dúvidas sobre o retorno destes investimentos que não é nem imediato (especialmente no content marketing), nem facilmente mensurável.
Se a solução ainda não é clara, o problema é incontornável e não se encontrando novos caminhos rapidamente a descredibilização do meio digital como canal de comunicação poderá levar a uma inversão na politica de investimento em meios, aumentando o peso dos canais offline.
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