Nasceu uma nova marca

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Fernando Paula, Grande Repórter Imagens de Marca Travel Brands

Seriam 10h da manhã do dia 21 de julho quando chegámos a Manchester para dar início às gravações de mais um Imagens de Marca Travel Brands com o foco em Inglaterra. Nos planos estavam dois dias de filmagens na cidade inglesa que seriam seguidos pela viagem até Goodwood onde iríamos filmar as instalações da Rolls-Royce. A chegada a Londres estava agendada para o meio da semana e sabíamos que a qualquer momento as objetivas das televisões de todo o mundo iriam estar focadas em Inglaterra, para dar a conhecer o herdeiro do trono britânico.

Dada a imprevisibilidade do acontecimento, não sabíamos onde iríamos estar, mas esperava que as manifestações de alegria fossem mais acentuadas no dia-a-dia inglês. O dia chegou e apesar dos diretos das televisões a partir de Londres, a vida pareceu continuar ao seu ritmo normal no resto do país.

Um ano antes, e segundo o depoimento de vários ingleses, em especial gente de Londres, a agitação foi mais notória quando a chama olímpica foi acesa na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. Um momento que para muitos foi marcante para a afirmação da marca Inglaterra, não fora de portas, mas a nível interno. Dizem que os ingleses não chegavam a acordo sobre o papel da nação britânica, o que o próprio povo representava, nem em que direção se encaminha a nação desde o pôs guerra e da queda do Império. Com os Jogos, em especial com a cerimónia de abertura, os ingleses voltaram a sentir orgulho de quem são enquanto nação, e isso contribui para reforçar a vitalidade da Marca Nação. É exatamente esta cultura que, por um lado preserva as tradições e a história e por outro, baseia-se na multiculturalidade para mergulhar no futuro que dinamiza a sociedade inglesa.

Estão a olhar mais para si próprios e exemplo disso é a campanha da entidade do turismo inglês, a VisitEngland que deixa a sugestão de fazer férias no país. Os resultados parecem surgir porque o peso do turismo interno é muito superior ao do turismo internacional.

E basta andar pelas ruas de Londres para compreender a projeção desta marca, não só do ponto de vista turístico, quando nos cruzamos com milhares de turistas a todo o momento, mas da economia em si, uma das mais fortes de toda a Europa. Do comércio às finanças, passando pelos serviços. A economia inglesa ressentiu-se com a crise de 2008, mas em 2013 dá os primeiros sinais de crescimento.

Se o espectro da crise tiver finalmente passado e com um país mais confortável consigo próprio, esta que é a quinta marca nação mais valiosa do mundo pode continuar a crescer e voltar a afirmar-se como a mais importante de origem europeia. E para muitos, a fórmula de sucesso é aquela onde se cruza o estilo inglês clássico com o arrojo da criatividade dos dias de hoje.

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