Os Millennials, são definidos, genericamente, como os consumidores nascidos entre 1980 e 2000. Estes consumidores constituem já cerca de 20% da população global e muitos são decisores de compra com algum peso. Também conhecidos como Echo Boomers, Geração Y, Millennials ou “Me, me, me Generation” segundo Joel Stein, cresceram no mundo digital, no qual telemóveis, mensagens de texto e portáteis são imprescindíveis no seu dia-a-dia.
Nos últimos tempos tenho dedicado alguma atenção a este target na tentativa de compreender melhor os seus comportamentos. Partilho convosco, algumas conclusões que tenho retirado de alguns estudos que li sobre o assunto.
A relação íntima com a tecnologia
A tecnologia e os novos dispositivos móveis (tablets, smartphones, ultraportáteis) permitem aos Millennials ligar-se entre si, como nenhuma outra geração, podendo comparar, aconselhar e recomendar produtos e serviços em fóruns online e redes sociais. Segundo um estudo da Forbes, quando a fronteira entre os seus produtos e os da sua concorrência é ténue, os Millennials contam com as opiniões dos seus amigos online. As áreas de negócio mais influenciadas pelo impacto do conteúdo gerado pelo utilizador são a eletrónica de consumo, os automóveis, os hotéis, viagens e seguros. Ao contrário da geração anterior, os Millennials não são tão influenciados por mensagens da marca, o que é compreensível, não fosse esta a geração mais exposta a publicidade do que qualquer outra na história do consumo.
Agrupar os “Millennials” todos num só grupo é um erro
A utilização do Instagram e do Snapchat varia significativamente conforme a idade. É mais frequente utilizadores entre os 20 e 25 anos terem uma conta nestas redes sociais do que entre os 26 e os 30, assim como entre os 31 e 35. Um estudo da Battery Ventures revela que 35% dos Millennials entre 20-25 não têm conta no Snapchat e 31 não tem no Instagram. Os números aumentam substancialmente entre os 31 e 35 anos, em que cerca de 73% afirma não ter conta no Snapchat e 49% alega não ter também no Instagram.
Consumo de media fragmentado
O consumo de “media” sofreu alterações. De acordo com o estudo “How Millennials Get News: Inside the Habits of America’s First Digital Generation”. Não é novidade que esta geração passa mais tempo nas redes sociais e nos seus dispositivos móveis do que a ver TV ou a ler jornais e também que o consumo de media é fragmentado assim como a sua atenção. Isto faz com que a informação que obtêm do que está a acontecer no mundo seja, muitas vezes, enviesada pelo seu “news feed” das redes onde estão presentes.
Bens materiais em segundo plano
Um estudo global realizado pela ASUS e pela Edelman Berland sobre a perceção do luxo pelos Millennials revela que nos estados Unidos, para 37% dos Millennials inquiridos o luxo é definido como a simples possibilidade de terem tempo para fazerem as coisas que mais gostam. Na Índia, 40% dos participantes vê como luxo a possibilidade de fazerem as coisas da forma que querem.
Os resultados revelam que a perceção de luxo alterou-se nesta nova geração. Em vez de o luxo ser associado a bens materiais, os consumidores mais jovens associam o conceito de luxo ao tempo pessoal e à liberdade.
Micromoments
Os Millennials são também caraterizados pela sua filosofia exploratória e de “do it yourself”.
A Google divulgou um estudo interessante sobre como é que os Millennials utilizam os seus equipamentos mobile nos micro-momentos das suas vidas.
O exemplo dado no estudo “Cooking Trends Among Millennials: Welcome to the Digital Kitchen” é de como o mobile e as pesquisas acompanham o simples processo de seguir uma receita culinária na cozinha.
Algumas destas conclusões não são novidade, mas outras revelam alguns dados curiosos sobre esta geração e sugerem evidências interessantes sobre como as marcas podem comunicar mais eficazmente com este segmento. E, caso tenham alguns estudos sobre este segmento, não hesitem em partilhar
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