Long live Lalaland

7 de outubro de 2013

Long live Lalaland

João Geada, Forever King of Lalaland

Em Outubro de 2010, troquei o conforto e a segurança de um cargo sólido na direcção criativa da JWT Lisboa, por um sonho de muitos anos a que chamei Lalaland. Na altura, despedi-me da equipa com o email que aqui partilho:

‘Tenho aqui um belíssimo emprego, ganho relativamente bem, gosto de todos vocês, tenho o melhor gabinete de todo o CCB, tenho um carro da empresa que é um verdadeiro brinquedo. Enfim, como se costuma dizer, tenho aquela estabilidade que todos ambicionam ter na meia idade.

Posto isto, e como sou uma criatura dotada de uma estupidez assombrosa, vou-me embora.

O motivo é simples, como todos os estúpidos continuo a achar que consigo mudar qualquer coisa no mundo e como acho que a publicidade, como até agora a entendíamos, tem os dias contados, vou tentar fazê-la como gosto e como acho que deve ser feita num projecto próprio que tem tudo para correr mal (a menos que eu tivesse nascido nos EUA, vivesse entre a Florida e o Colorado e me chama-se Alex Bogusky).

O meu ultimo dia na JWT é 29 de Outubro, por isso temos tempo para trabalhar bem as despedidas.

The reasonable man adapts himself to the world; the unreasonable one persists in trying to adapt the world to himself. Therefore, all progress depends on the unreasonable man.
George Bernard Shaw

Espero que o George tenha razão.

Quase a fazer 3 anos, com muito trabalho, muita diversão, muita rezinguisse, muita ilusão e também  muitas desilusões, está na altura de aceitar que Portugal ainda não está preparado para uma Lalaland pura e dura. Por isso vou mantê-la na minha cabeça e no meu coração e vou adaptar-me, como fazem as criaturas que usam o erro para evoluir.

Encontrei pessoas que me completam profissionalmente, com um projecto semelhante na cabeça, não se chama-se ele Nutkase, mas também com os pés bem assentes no chão. Apaixonamo-nos ao primeiro briefing e depois de um namoro rápido, decidimos casar e fazer uma coisa nova, ou uma casa nova se preferirem, igualmente ambiciosa mas mais forte e moldada a um mercado com muito espaço para evoluir e para activar marcas de uma maneira inteligente, gira e descomplicada.

O nome do bebé podia ser George Bernard, mas não é. Aceitam-se apostas e propostas para joaogeada@lalaland.pt

Quando a criança nascer avisamos

Até já.

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