Tiago Silva Lopes, Diretor de Internet e Serviços Móveis do Meo

Adorado por muitos, detestado por alguns, o Pokémon voltou em força e todos os dias bate recordes com a app Pókemon Go, recriando a Pokémania dos anos 90 com os sistemas de GPS e realidade aumentada dos nossos smartphones.

Clash Royale e Slitherio, as apps com mais sucesso recentemente, era usadas diariamente por 1,67% e 0,84% respetivamente, dos utilizadores Android nos Estados Unidos. Quatro dias depois da estreia nesse mercado o jogo atingiu uma penetração superior a 10% de todos os utilizadores Android norte-americanos. Em menos de uma semana ultrapassou aplicações estabelecidas e muito bem-sucedidas, como o Tinder ou o Twitter, e só nos EUA já fatura mais de 2 milhões de dólares por dia. Mas o dado mais extraordinário é que hoje, em média, quem joga o Pokémon Go passa mais tempo nesta app do que no Whatsapp ou no Facebook! Poderá ser um fenómeno passageiro mas todos os indicadores apontam para o contrário, um fenómeno que só agora começou e já atingiu proporções absolutamente notáveis.

E para as marcas existe claramente uma enorme oportunidade de se aproximarem dos seus clientes se souberem interpretar bem o jogo e a forma como se devem associar a este fenómeno. De acordo com a empresa que lançou o jogo há já conversas bastante avançadas com uma rede de fast food para lançar PokeStops especiais nos seus restaurantes, e seguramente já estão muitos criativos nas agências a pensar em novas formas de tirar partido de algo que é demasiado grande para ser ignorado. Parafraseando os jogadores de Pokémon, sendo uma oportunidade que não se pode perder, you really gotta catch ‘em all!

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