Para as estações de televisão, as rádios, os jornais e todos os media em geral, as audiências são o sangue que dá vida ao seu negócio. É natural que assim sejam pois as audiências ditam o nível de receitas que vão ter (pelo menos por enquanto) e portanto, sem audiências, o negócio morre. É por isso natural que os media vivam constantemente preocupados por criar conteúdos, informativos, utilitários ou de puro entretenimento, que gerem audiências.
As marcas, enquanto na posição de anunciantes, têm tido um comportamento diferente perante audiências. Para estas, as audiências são apenas um indicador. Um indicador que lhes permite ver que meios estão mais saudáveis e consequentemente, onde vão colocar o seu investimento, seguindo uma lógica que podemos chamar de parasita simbiótico (sem ofensa, por favor!) onde está o conteúdo com maiores audiências do seu target, será onde colocará o anúncio publicitário e consequentemente o dinheiro que manterá o media “hóspede” vivo.
Acontece que num mundo em que cada vez mais as marcas se movem por territórios onde elas próprias criam conteúdos (Facebook, youtube, websites, conteúdos interactivos na TV, aplicações mobile, etc), elas próprias começam a depender cada vez mais da sua própria capacidade em gerar audiências. E ainda por cima, não são umas audiências quaisquer. São audiências que têm de ter a capacidade de ser contagiantes, ou seja, que quem vê, não só quer ver até ao fim, como quer partilhar com outros.
Nos dias de hoje, se os media têm de ser preocupados por audiências, as marcas anunciantes deveriam ser verdadeiramente obcecadas.
E ser obcecado por audiências tem um impacto dramático no que significa hoje ser um marketeer. Significa que este tem de ser obcecado por trazer valor a tudo o que faz, tanto na forma como na mensagem. Significa que este tem de ser obcecado com 3 palavras: informação, utilidade e entretenimento. Significa que este tem de ser obcecado por três tipos de comportamentos: o relevante, o distintivo e o criativo. E tratá-los em simultâneo. Significa ser obcecado por prometer o que alguém precisa, e, entregar aquilo que promete.
Significa tanto ou somente, colocar sangue, suor e lágrimas em tudo aquilo que faz.
Imagem: Blog da Sarah7647
Comentários (0)