Alberto Rui Pereira, CEO IPG Mediabrands Portugal

Estamos em pleno EURO 2016, evento que historicamente mexe positivamente com a nossa indústria e com o nosso mercado. O futebol continua a ser o desporto rei no nosso país, aquele que movimenta claramente mais gente, mais paixões, mais discussão e controvérsias, mais envolvimento emocional e também por isso mais conteúdos e audiências. É um desporto que se tem até tornado cada vez mais transversal do ponto de vista dos públicos envolvidos e de “consumo” coletivo, ainda mais evidente quando se trata da nossa Seleção Nacional.

Este é sem dúvida um período que vem dinamizar a nossa indústria publicitária local, tanto para os Grupos de Media, que aumentam a produção de conteúdos e o potencial de audiências e potencialmente mais investimento, como para as marcas que conseguirem tirar partido da ligação ao evento. Seja através de conteúdos associados, das audiências, de ativar a seu envolvimento em múltiplas plataformas, de criar eventos e ativações em diferentes e vastos segmentos e, acima de tudo, conseguir impacto nas vendas.

Muitas das marcas associadas ao evento, quer por via internacional, quer por via mais local com o apoio à Seleção Nacional, enquanto patrocinadoras oficiais ou em associação ao evento via promoções, ativações ou outros, geram uma dinamização extra à nossa indústria e à nossa economia, com mais investimento e com mais vendas associadas ao aumento do consumo.

O mercado cresceu claramente em maio, bem acima da média acumulada até abril e espera-se um mês de junho no mesmo sentido. Para a nossa indústria são excelentes notícias e bem precisamos de continuar a criar momentos como o que atravessamos, de grande dinamismo na comunicação e no marketing, a fim de fortalecer e enriquecer o nosso mercado, quer em volume, quer na criatividade.

Para todos os portugueses, em especial para as marcas envolvidas neste evento, é muito importante que a Seleção Nacional continue em prova e vá o mais longe possível porque a nossa permanência na competição reflete-se em mais audiências (o jogo de estreia de Portugal frente à Islândia foi visto por 3,4 milhões de portugueses).

Que Portugal vá longe e acima de tudo que aproveitemos o Euro e a sua dinâmica em termos de comunicação, para prolongarmos essa mesma dinâmica para lá do Euro. Que essa dinâmica se traduza em mais investimento, mais e melhores conteúdos e mais vendas. É muito importante para os nossos profissionais e para a nossa indústria mas está também em grande parte nas nossas mãos, por via da atitude, da confiança e da vontade de arriscar e fazer melhor.

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