Alguém é capaz de negar que as primeiras vezes são uma coisa fantástica? Lembra-se da primeira vez que deu um beijo, que se pôs de pé a surfar, ou que fez amor? Claro que lembra e, quase de certeza, com carinho e saudade. As primeiras vezes tem esta estranha mística de ficarem gravadas para sempre nas nossas almas. E o mais engraçado é que não são só as primeiras vezes de coisas boas, acontece o mesmo com as coisas más como a primeira vez que partimos o nariz, que fomos despedidos, que a namorada acabou connosco ou que levámos um puxão de orelhas do chefe, curiosamente, até as primeiras vezes de coisas más, são recordadas com os mesmos sentimentos.
Suspeito que seja porque as consideramos importantes, afinal são elas que fazem de nós o que somos e que nos preparam para a vida. As boas fazemos questão de as repetir o maior número de vezes possível, as más, de as evitar a todo o custo e assim lá vamos evoluindo e tornando-nos pessoas melhores, mais experientes e capazes.
Esta crise que vivemos agora, que faço questão de deixar de tratá-la como tal e passar a chamá-la de mudança, está para o mundo actual como a revolução industrial esteve para o mundo de antigamente. E tal como aconteceu no mundo de antigamente, vamos todos viver muitas novas primeiras vezes.
Vamos ter de trabalhar, pela primeira vez, sem segurança. Pela primeira vez, vamos ter de ser empreendedores e em vez de procurar emprego nos empreendimentos de outros, procurar trabalho empreendendo nós. Pela primeira vez, não vamos poder fazer as tradicionais férias na neve e, quando trocarmos de carro, vai ter de ser pela primeira vez, um carro usado. Vamos ter de lançar um produto novo, pela primeira vez sem campanha de TV, e pela primeira vez pensar em formas menos dispendiosas e mais eficazes de chegar apenas às pessoas certas.
Tudo isto parece assustador, afinal todas as mudanças aterrorizam os humanos, mas se pensarmos bem, é uma coisa verdadeiramente encantadora. Por um lado põe-nos todos em igualdades de circunstâncias. Pela primeira vez, ser novo ou velho, experiente ou estreante deixa de ser melhor ou pior, porque todos vamos ter de lidar com novas primeiras vezes e vai ser a capacidade de lidar com elas que vai fazer a diferença. Por outro lado, temos a fantástica oportunidade de olhar para tudo o que estava mal e que já sentíamos que não resultava e, pela primeira vez, não usar os estratagemas e fórmulas do costume e pensar em novas maneiras, talvez bastante melhores, de fazer as coisas e de ultrapassar os obstáculos, os do costume e os que nos aparecerem pela primeira vez.
Claro que vai custar. Já está a custar, mas acredite em mim que sou um experiente primeira vezista, daqui a uns tempos, quando olhar para trás, o sentimento vai ser precisamente o mesmo que sente quando pensa nas primeiras vezes de outros tempos, a tal saudade e carinho.
Brutal!!! Muito bom!!!!
Fantástico texto João…além de motivador!
Excelente texto, parabéns.
Grande artigo. Acho que está aqui tudo! A vida vai continuar. Temos de perder o medo de “primeira vezar” e encontrar, tal como expõe no seu artigo, formas menos dispendiosas e mais eficazes de chegar apenas às pessoas certas. É por esse motivo que as BeautyBox, uma nova forma de divulgação, para marcas de cosmética, beleza e bem estar estão a ter tanto sucesso a nível internacional. Em 2013, no mercado português, está previsto o lançamento da PopyBox. Mais informação em http://www.popybox.pt.
Muito bom!!!
Este texto é um gesto de optimismo para 2013. Optimismo e garra. Vamos a ele, vai ser melhor, vai dar mais luta!
Bora lá “primeira vezar” nesta Mudança
Também gostei!
É isso mesmo!!!!! “Primeira vezar” e empreender é mesmo muito bom. Põe-nos à frente de nós…
Muito, muito bom … sem rede, gostei imenso.