As marcas e a Copa do Mundo

15 de janeiro de 2014

As marcas e a Copa do Mundo

Elizete de Azevedo Kreutz, Presidente do Observatório de Marcas, Editora Regional da revista científica BrandTrends e professora-investigadora da Univates - Brasil

Em ano de Copa do Mundo, os brasileiros convivem com o excesso de exposição das marcas que desejam conquistar um coração, que já está totalmente entregue a sua maior paixão: o futebol.

Independente de gostar ou não do futebol, aprovar ou não a realização da Copa no Brasil, o fato é que o evento está preste a acontecer e, já há algum tempo, está presente no dia a dia da sociedade brasileira. Segundo estudos, a Copa movimenta uma verba extraordinária que vai desde os investimentos em infraestrutura, em capacitação dos recursos humanos e em segurança, até as verbas publicitárias que elevam o país no ranking mundial. O mercado publicitário brasileiro vai ultrapassar o do Reino Unido e será o 5° maior mercado publicitário do mundo com investimentos na casa dos 22,2 mil milhões de dólares.

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Os investimentos das marcas patrocinadoras são altos e, por essa razão, têm exclusividade de uso das marcas da Copa (ver em baixo Diretrizes da Fifa), garantido pela Lei 12.663/2012 (Lei Geral da Copa) a proteção para as marcas FIFA, COPA DO MUNDO, COPA 2014, BRASIL 2014; nos designs (sejam eles registados ou não) e nos direitos autoriais de obras artísticas como o Poster Oficial, o Emblema Oficial, o Mascote e a Identidade Visual das Competições.

Se por um lado a Fifa e as marcas patrocinadoras do megaevento tentam impedir as apropriações indevidas, por outro, as marcas “apanham boleia” na Copa e, de forma geral, tornam-se homogeneizadas (e invisíveis!), contrariando o princípio básico do branding que é manter características que as tornem únicas do ponto de vista do consumidor (FIGUEIREDO, 2010). Este é o grande problemas das marcas, neste período, pois grande parte de seus esforços (financeiros e emocionais) são literalmente jogados no cesto de lixo, conforme nos mostra o pesquisador Celso Figueiredo em seu artigo “Da Sexta ao Cesto” (ver em baixo o artigo).

O que esperamos é que a criatividade brasileira esteja presente e que os profissionais encontrem solucões para esses casos, garantindo o espetáculo para os clientes e para os públicos, consumidores e/ou admiradores das marcas.

Fontes consultadas:

Diretrizes da Fifa: http://fifa.to/1eTd8wP

Artigo Da Sexta ao Cesto: http://bit.ly/1gM4xND

Mercado publicitário e a Copa: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/51784-brasil-deve-chegar-a-5-mercado-global-de-publicidade-em-2014.html

Campanha Coca-Cola 2014: http://blogfutebolclube.com.br/coca-cola-campanha-fifa-2014/

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