Desafiou-me esta publicação para partilhar um artigo que abordasse o tema sobre solidariedade social. Gostaria de manifestar a minha visão focando-me no voluntariado e tendo presente duas frases da Madre Teresa de Calcutá, que me “provocam”:
“Se eu olhasse para a maioria, não agiria”.
“Eu sei que o meu trabalho é uma gota no Oceano mas sem ele o Oceano seria menor”.
Vi sempre o Voluntariado como uma forma de ajudar Pessoas que precisem de nós…
E digo isto assim porque não considero voluntariado tudo o que não tenha este fito: Pessoas, que mesmo que à partida não nos “sejam nada” – nem família, nem amigos, nem conhecidos – mas que por serem seres humanos como eu e estarem carentes de alguma coisa que eu tenha e que possa dar, passam imediatamente a ser de alguma forma minha responsabilidade, pois certamente sempre terei alguma coisa de que outro precisa…
Alguma coisa que pode assumir diversas formas e todas tão importantes como: Consolo, afeto, falar com elas, ler para elas, escutá-las, entretê-las, comunicar, dar de comer, fazer companhia, lavá-las, arrumar a casa, transportá-las, etc..
Voluntariado como a própria palavra o diz, tem de ser por minha exclusiva opção e não centrado em mim mas nos outros, para os Outros…
Alguém diz: “Faço voluntariado porque me faz bem!” Certo, faz bem, pode aliviar a consciência mas o bem maior é o que fazemos pelo o Outro! É como pelo Outro ultrapassarmo-nos a nós próprios as nossas limitações, o que nos choca, o que cheira mal, a degradação, a miséria…etc.
Outro Alguém diz: não consigo ir ao hospital ver o fulano que está a morrer com um cancro, prefiro manter a imagem dele enquanto estava bem…! Não estará a pensar só nele, no seu conforto, fechado no seu egoísmo…?
Estes “Alguéns”, sou eu, somos nós muitas vezes!!
Já pensámos nestes momentos, colocarmo-nos na pele do doente e apercebermo-nos do quanto ele ficaria contente por nos sentir a apoiá-lo ao lado dele, naquele instante tão importante para ele…
Voluntariado é isto: Ultrapassarmo-nos ao nosso egoísmo, ao nosso bem estar, colocando-nos sem entraves ao serviço dos Outros!!!
Por muito que os sistemas e os Estados já assegurem parcialmente as necessidades dos que mais precisam, existirá sempre espaço, e infelizmente cada vez mais, para o Voluntário, para aquele que de forma desinteressada, sem reconhecimento, sem salário, sem compensação, esteja disponível para partilhar com quem menos tem, com quem mais precisa…valorizando assim o Outro como Pessoa, como Humano, e ficando também nós, com isso melhores, mais completos como Humanos!
Obrigado
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