Com 2013 a caminho, é tempo de balanços e percebermos em termos de marketing e de comunicação para onde vamos. Seguem-se algumas das principais tendências e cenários com que o marketing e as marcas se irão confrontar num contexto cada vez mais competitivo marcado pela actual conjuntura de crise económica.
1. Re-emergência do “touch and feel” através da experimentação
A criação de cenários e experiência de utilização de produto está de volta reinventado. Mais do que promover o contacto directo dos clientes com o produto, os marketers são desafiados a explorar os seus cenários de utilização dos seus produtos junto do seu público-alvo através da convergência entre o marketing interactivo criando conteúdo. O ênfase está precisamente na criação de conteúdo via entretenimento ao mesmo tempo que se “educa” o consumidor para os FABs (features, advantages e benefits) do produto e através de mecanismos de recompensa. O factor interactivo e de aprendizagem através da experimentação tornar-se-á numa fonte de vantagem competitiva.
2. A importância dos conteúdos adaptados consumidor
As redes sociais estão a expandir-se rapidamente e o “mobile” está a surgir em força colocando desafios ao nível do conteúdo. “Content is the key” é uma das buszzwords para o ano que aí vem. As marcas que se queiram afirmar nesta nova era digital terão que prestar especial atenção ao aumento exponencial na procura por conteúdo relevante e quase em tempo real, de forma a promover o “engagement” com o seu público-alvo.
3. Alinhamento do “mobile” e da estratégia de conteúdo
O conceito SoLoMo (“social, local, móvel”) tornou-se realidade na forma como os consumidores pretendem o conteúdo. Com os avanços da mobilidade e da oferta de dispositivos móveis (tablets, smartphones) que nos permitem aceder à nossa informação a qualquer hora e em qualquer lugar coloca desafios ao conteúdo. Os esforços na criação de conteúdo por parte das marcas terá de superar cada vez mais estas três variáveis (SoLoMo) tornando-se relevante e adequado para as necessidades do consumidor final.
4. A integração da estratégia de redes sociais
As empresas irão incorporar a arquitectura e plataformas móveis e as redes sociais na sua abordagem de conteúdo para focar as necessidades explícitas da sua audiência. O desafio passa pela elaboração e implementação de um plano de marketing integrado em que as redes sociais são parte da estratégia como um todo criando a ponte entre o offline e o online permitindo uma maior coerência e uniformidade em termos de comunicação e criando sinergias no negócio.
5. “Newsjacking”
“Newsjacking” é a buzzword associada ao fenómeno de cada vez mais serem as marcas a criar e a gerar as suas próprias notícias tornando-se nos seus próprios editores. Ou seja, há cada vez mais espaço para se reinventarem as relações públicas e a forma como se comunica para os órgãos de comunicação social e as marcas têm espaço para criar as suas próprias histórias e chegar aos seus clientes finais.
6. Auscultação do mercado, parceiros e concorrência em tempo real
Ter mais conteúdo é fundamental, e para o processo de criação do mesmo é necessário estarmos cada vez mais atentos a novas tendências e seguirmos de perto a nossa concorrência. Numa era em que a informação é comunicada em tempo real, é preciso estarmos em sintonia com o que está a acontecer no “aqui e agora”.
7. “Story-telling”
Para construir a confiança e a lealdade, as marcas estão a redescobrir histórias menores dentro de sua história global. Ou seja, o “contar uma história” assume-se como a exploração de diferentes ângulos de comunicação sobre o portfolio de produtos existentes. Por exemplo, enquanto um cliente valoriza os atributos ecológicos dos produtos outros há que valorizam a qualidade premium do mesmo. Por outras palavras, se um mesmo produto ou serviço pode servir diferentes necessidades, então estas terão que ser evidenciadas. As micro-histórias ou o story-telling são essenciais para relacionar a sua “persona” com a marca.
8. Engagement através do vídeo
O conteúdo do vídeo viral altamente envolvente, esclarecedor, e de valor agregado está a ganhar expressão. O potencial vídeo é crescente na utilização e ainda é subestimado. O vídeo é frequentemente utilizado como uma mensagem ”comercial” ou viral que é descartável, mas, como o conteúdo em vídeo continua a aumentar, o seu conteúdo terá de ser significativo para o consumidor.
9. Investimento de marketing
Cada vez mais iremos assistir a uma evolução no sentido em que os investimentos ao nível da publicidade paga (inserções de media) vai mudar para passar para o conceito de “earned media” (através da criação de conteúdo personalizado), sendo que este terá maior impacto na formação da reputação da marca e através do word-of-mouth criar oportunidades de vendas.
10. Criar uma vez e publicar em todos os lugares
Para além de criar conteúdo é importante adaptá-lo e integrá-lo nas diversas plataformas e formatos de imagem. No fundo, trata-se da criação de conteúdo mais eficiente. Vamos assistir à procura de Sistemas de Gestão de Contéudo (CMS) como suporte para as necessidades de marketing emergentes. Estas plataformas irão ajudar a desenvolver e gerir a comunicação numa lógica multi-canal de gestão e implementação de conteúdo.
Excelente artigO!
Magnífico. Acutilante. 5 estrelas.
Uma verdadeira checklist para marketeers.
Um artigo muito bem escrito a tocar os principais temas fundamentais e essenciais a todos os marketeers. Apenas uma palavra…excelente!
Muito Bom!