2013 – o ano da Refundação das Marcas

18 de dezembro de 2012

2013 – o ano da Refundação das Marcas

Miguel Rangel, Director de Marketing Prio Energy

Fim de Dezembro, fim do ano, a altura habitual para fazer a projecção do ano que daqui a poucos dias se inicia. Como não sou dado a visões retrospectivas entendi a reflectir um pouco sobre o que podem ser alguns princípios que nos ajudarão a gerir no novo ano.

Refundação tem sido a palavra de ordem, no meu entender, bem aplicada à situação em que as sociedades se encontram. (confesso o meu espanto face à polémica em torno da utilização desta palavra quando, em múltiplas circunstâncias, se utilizam conceitos igualmente associados a algo que começa de novo, que deixa para trás um ciclo para começar outro como “Renascer”, “Reviver”, “Renovar”…). É nesta situação que o país se encontra, é nesta situação que a nossa economia se reorganiza, é nesta circunstância que as empresas e as marcas estão e vão continuar a actuar.

Também no Marketing a “Refundação” está em curso.

Os últimos anos foram anos designados como de “crise” contudo, na minha opinião, a palavra a utilizar não deveria ser “crise”; “crise” é normalmente associada a uma queda para pior depois de uma situação ou período de maior conforto ou satisfação; depois dessa queda almeja-se a retoma de forma a alcançar de novo o pico positivo de onde se partiu. Creio que, no caso da Europa Ocidental, esse retorno ao pico positivo do passado não será tão cedo alcançado por isso entendo que o período que atravessamos não é de crise, mas sim de Mudança – sim Mudança com “M grande” pois nada vai ser como dantes.

Há uns anos existia o “Custo/Preço das coisas”… com o inicio das dificuldades económicas apareceu o “Low-Cost”…  neste momento e no futuro o que era “Low-Cost” vai passar a ser o “Custo/Preço”, e esta é a grande Mudança económica. As marcas terão que rever a sua forma de estar neste contexto bem diferente do que foram as últimas décadas, décadas essas em que a grande maioria delas apareceram – estão, por isso, a viver em tempos bem diferentes daqueles em que foram criadas e em que cresceram e por isso o desconforto e as dificuldades de adaptação. As que não se ajustarem e adaptarem à nova economia não sobreviverão.

As marcas de sucesso são as marcas que todos os dias se põem em causa e que todos os dias se Refundam, sem preconceitos e ideias fixas, cristalizadas no passado e na sua história. Neste contexto, para 2013, dou 5 conselhos para os gestores de marcas:

-  Simplicidade – ser simples é sempre o mais eficiente;

-  Objectividade – vão directos ao assunto, o consumidor tem cada vez menos tempo;

-  Oportunidade – os consumidores vão estar muito atentos às novas propostas;

-  Economia – se a proposta de valor não for um bom negócio para o consumidor, não vale a pena lutar por ela;

-  Mudança – não temam a mudança, antecipem-na.

Votos de Boas Festas e até para o ano…

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