O negócio do surf em Portugal parece crescer tal como a onda surfada por Garett MacNamara no Inverno do ano passado. Não chega ainda aos 30 metros que colocaram o surfista havaiano no Livro do Guiness mas o setor movimenta, segundo a entidade reguladora do surf em Portugal, qualquer coisa como 300 milhões de euros.
100 milhões de euros são gastos em material técnico, o número de novos praticantes, em 2011, foi superior a 200 mil pessoas e escolas são mais de 400.
O surf parece não ter época baixa e é agora uma aposta estratégica do Turismo de Portugal. A entidade adotou uma nova política de promoção: em vez de promover o destino de forma genérica, foca-se em promover “produtos muito específicos” como é o caso do Surf.
Partindo desta premissa foi lançada a campanha “The Portuguese Waves”. A proposta é simples: o surfista vem a Portugal e se, caso durante três dias não encontre ondas para surfar, o Turismo de Portugal paga-lhe uma nova viagem a Portugal.
No projeto não é necessário inscrever-se. Basta provar que veio a Portugal para surfar e que não encontrou ondas nas praias selecionadas. Mas mais do que “pagar” viagens o que o Turismo de Portugal pretende é gerar buzz nesta área.
Uma área que ganha projeção sem precedentes com Garrett McNamara, e no 3º ano consecutivo com o surfista presente em águas portuguesas, novos eventos irão à Nazaré (evento mundial patrocinado pela Red Bull caso haja ondas gigantes) e novas infraestruturas estão a ser construídas.
Em Portugal além do canhão da Nazaré existe ainda a primeira reserva mundial de Surf na Ericeira e a capital da onda em Peniche. Local que tem apostado no Surf através do campeonato do mundo da modalidade e que gerou um retorno 12,3 milhões de euros.
Segundo o “The Economist” em 10 anos o número de praticantes passou dos 26 para os 35 milhões de surfistas no mundo. E será esta uma oportunidade para Portugal estar cada vez mais na crista da onda?
Comentários (0)