Falar de Burel é falar para muitas pessoas das capas dos pastores da Serra da Estrela. Mas há quem teime em dar uma nova vida a este produto e levá-lo do vale de Manteigas para o mundo. Uma confortável missão levada a cabo por Isabel Costa que se apaixonou por esta matéria-prima com características únicas.
Ao mesmo tempo que dá uma nova vida a este tecido, tem também contribuído para revitalizar o setor. Começou por adquirir o material a uma empresa local e desenvolver peças próprias de decoração e moda, mas os tempos estão difíceis e o fornecedor entrou num processo de insolvência. Isabel investiu na fábrica, adquiriu-a e está a dar-lhe um novo folego com a aquisição de um novo espaço e a restauração das máquinas que produzem o Burel. As novas instalações ainda não abriram mas a empresária continua a produzir e aconchegou o centro de Lisboa com o tecido. Abriu recentemente uma loja, já percebeu quem são os seus clientes e quer potenciar o turismo da região através de uma viagem que se faz nos140 metros quadradosda loja que abriu no Chiado.
Mas se a comercialização de peças de vestuário e decoração está a ganhar uma nova dimensão, é na aplicação do Burel em projetos arquitetónicos que encontra uma mais valia para o negócio. A nova sede da Microsoft onde aplicou milhares de metros quadrados de Burel é o melhor cartão de visita para quem quer continuar a apostar na utilização desta matéria prima aliada a projetos arquitetónicos.
Entrevista:
Isabel Costa – Proprietária Burel Factory
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