As agências Lalaland e Nutkase fundiram-se para criar uma nova marca, que quer desde já afirmar-se como uma agência de referência em ativação. Com uma equipa com provas dadas na área de comunicação, a nova empresa é batizada como zémaria® e propõe-se a desenhar e comunicar marcas desde a sua origem e a acompanhá-las durante toda a sua vida.
“Nós propomos fazer as coisas com inteligência de forma a conseguir impactos duradouros e relações de empatia e simpatia que tragam de facto relevância, que façam sentido para reforçar a personalidade da marca e para estreitar relações”. Quem o diz é João Geada(J.G.), Chief Creative Officer da zémaria®, numa entrevista concedida ao site do Imagens de Marca.
I.M.: Como surgiu esta ideia de fusão e como identificaram a oportunidade?
J.G.: Depois de 3 anos de Lalaland e 4 de Nutkase, eu e a Patrícia Costa estávamos a sentir, isoladamente, que precisávamos de consolidar os nossos projectos para podermos crescer neste ambiente extremamente hostil. Por intuição, o Pedro Janela, com quem já estava em conversas há algum tempo, decidiu apresentar-nos para partilhar as nossas dores comuns. Rapidamente percebemos que cada um de nós tinha o que faltava ao outro, a partir daí foi um processo normal.
Cada um de nós, à sua forma, estava a lutar por um lugar que ainda está relativamente despovoado, no mundo e muito no nosso mercado, o da nova publicidade ou, como lhe chamam, da ativação de marcas, ou como lhe chamamos cá na casa, a interativação de marcas.
I.M.: Em que consistirá a nova agência? Quais as suas áreas de atuação?
J.G.: Sempre defendemos que o trabalho profissional para construir marcas, produtos e serviços é um processo único que o mercado tem insistido em espartilhar. Hoje chamam ativação a todas as atividades da marca que vão para além da comunicação tradicional, mais passiva, por isso a nossa agência afirma-se como especialista na ativação de marcas, oferecendo a inteligência e o know how para desenhar e comunicar marcas desde a sua origem e acompanhá-las em toda a sua vida, colocando-as de forma relevante na vida das pessoas.
Somos uma agência de diagnóstico e operação e devemos ser consultados para ajudar a resolver problemas e aproveitar oportunidades que vão desde o desenho da matriz das marcas até a acções efémeras que ajudem a cumprir determinados objetivos.
I.M.: Que mais valias é que esta agência trará para o mercado?
J.G.: Há uma analogia que gosto de fazer para explicar o que é neste momento a ativação de marca e que me ajuda a situar a nossa oferta. Imagine que vai ao Zoo de Lisboa dar amendoins aos macacos. Enquanto lá estiver a fazê-lo os macacos vão-se atropelar para chegar a si. Assim que os amendoins acabarem, você também acabou para eles. Não ficou nada seu porque o interesse dos macacos nunca foi em si mas nos amendoins que lhe deu e que outra pessoa qualquer lhes pode dar.
Ainda é assim que é tratada a ativação de marca. Gasta-se muito dinheiro em amendoins como festivais de verão, road-shows e todo o tipo de receitas tradicionais.
Nós propomos fazer as coisas com inteligência de forma a conseguir impactos duradouros e relações de empatia e simpatia que tragam de facto relevância e que façam sentido para reforçar a personalidade da marca e para estreitar relações.
Há 4 pontos essenciais que destacamos para conseguir fazer isto bem feito:
- A nossa capacidade multidisciplinar, principalmente garantida pelo nosso background, também ele multidisciplinar;
- A nossa capacidade de design thinking e de pensamento estratégico que dirige a criatividade para ideias que sejam giras mas que façam de facto o trabalho a que se propõem;
- O nosso à vontade com a tecnologia, ajudado pela nossa experiência e pelo entorno do Grupo onde estamos inseridos;
- O nosso nível de cultura de comunicação e de trend setting que conseguimos devido à nossa cultura que estimula a curiosidade e o contacto com os melhores criativos e estrategas do mundo, e com o seu trabalho.
I.M.: Há espaço no mercado português para mais uma agência?
J.G.: Acreditamos que, embora as coisas neste momento estejam de facto muito complicadas, em breve o mercado nacional vai ter de voltar a nadar para a superfície e nós somos nadadores experimentados.
Mas, tal como já acontecia com a Lalaland e com a Nutkase, a nossa ambição é maior que quaisquer fronteiras e não obrigatoriamente dirigida a mercados novos, mas também e principalmente a mercados maduros.
Tenho a felicidade de já ter trabalhado para as melhores marcas do mundo, com algumas das melhores pessoas do mundo em alguns dos mercados mais evoluídos do mundo e sei que somos capazes de ombrear com eles. É uma questão de acreditarem nesta meia dúzia de doidos instalados neste belo fim do mundo, coisa que também vai ser facilitada pela presença do grupo Wy.
I.M.: Em termos logísticos o que irá implicar esta fusão?
J.G.: Fundimos as duas equipas e estamos agora juntos a operar a partir de um edifício em frente da praia de Santo Amaro de Oeiras. A Patrícia assumiu a chefia executiva como CEO da zémaria e eu deixo essa parte, e volto a concentrar-me na estratégia e nas ideias como CCO. Temos uma diretora criativa optima, a Liliana Moreira, que me vai ajudar a por ordem numa pequena mas ambiciosa equipa que vamos construindo com cuidado e paciência.
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