“Não vejo o futuro assim tão sombrio”. É desta forma que Tyler Brûlé, fundador da revista Monocle, encara os próximos tempos do mercado dos media. O jornalista foi um dos oradores da última edição da Experimentadesign, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e esteve à conversa com a equipa do Imagens de Marca.
Numa altura em que o mundo se torna digital, o chefe de redação de uma das mais conceituadas revistas de culto a nível internacional acredita que muitos leitores vão continuar a querer ter nas suas mãos “uma boa revista, tocar no papel e sentir o seu aroma”. Afinal de contas é “uma experiência completamente diferente, num mundo em que as pessoas estão rodeadas de tablets e habituadas à mesma coisa”, refere o editor.
No auditório do CBB, Tyler Brûlé destacou os momentos difíceis e desafiantes vividos pelos órgãos de comunicação social, sugerindo alguns modelos de negócio alternativos. “Vamos assistir à entrada de novos players no mercado dos media. (…) Eu vejo, por exemplo, uma companhia aérea, que tem um alcance global, e uma grande audiência, a investir e a tornar-se num player. Vamos ver o mundo dos media a ser disputado por outros players, não só pela questão de poderem vender publicidade, mas também oferecer conteúdo”, afirmou.
O futuro da Monocle, e ainda a forma como o jornalista olha para Portugal, numa altura em que o país está nas bocas do mundo, foram outros dos temas abordados nesta entrevista de Tyler Brûlé ao Imagens de Marca. A não perder.
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