“Não vale a pena impor a este tipo de oferta a regulamentação que têm a maioria das unidades hoteleiras e acho que esse não é o caminho. Mas eu acho que o grande caminho está em desburocratizar e diminuir a carga da regulamentação que existe sobre as unidades hoteleiras”, refere Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador dos Hotéis Vila Galé.
A regulamentação é um dos temas mais discutidos sobre a designada economia de partilha. Tema que este ano deu o mote à XVII Semana Nacional de Marketing, realizada pela APPM, e que juntou nos cinemas NOS do Estádio José de Alvalade, em Lisboa, os principais players do mercado.
“É fundamental nós darmos as diferentes leituras não só as tecnologias e as marcas emergentes, que ao fim ao cabo marcam a disrupção e trazem alterações ao status e ao mercado de trabalho mas quisemos trazer também quem já está instalado no mercado, de que forma é que vê a chegada destes novos players”, explica Rui Ventura, presidente da APPM.
Um momento que deu também a conhecer o documentário “Shareeconomy” realizado por Jillian Suleski e Greg Westoff, de Seattle, EUA, que viajaram pelo país à procura de quem vive desta economia. Novas marcas e players de mercado, como é o caso da Airbnb que tem vindo a impor-se na hotelaria a nível internacional.
“A única desvantagem que há é que um canal muito forte de distribuição hoteleira, Booking.com, está a oferecer este tipo de alojamento e portanto na mesma plataforma os consumidores têm hotéis mais tradicionais e este tipo de oferta de alojamento. No caso do Airbnb, faz questão de não deixar entrar os hotéis porque nada impediria que eu tivesse quartos de hotel a serem comercializados no Airbnb”, acrescenta o administrador dos Hotéis Vila Galé.
O Congresso termina hoje na cidade do Porto onde vão ser discutidas as oportunidades desta economia para o mercado.
Aproveite para rever a reportagem do Imagens de Marca dedicada a esta economia, que pode vir a ser uma economia de futuro.
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