18 de março de 2016

Quais são as tendências no grande consumo para 2016?

A Nielsen apresentou esta semana aquelas que considera que serão as tendências no grande consumo para 2016. Durante a apresentação conduzida por Vítor Amaral, diretor do serviço de clientes da Nielsen, foi abordada a situação de mercado e revelados valores de vários estudos que a consultora realizou durante os últimos meses.

Os dados revelaram que o e-commerce apesar de ter ainda pouca expressão continua a ganhar espaço um pouco por toda a Europa. Em Portugal, essa tendência não é exceção, e continua a verificar-se um aumento do número de lares que compram bens de grande consumo online (7,8%). O potencial de crescimento existe, e 64% dos consumidores considera conveniente comprar online, mas 50% opta por não comprar em resultado dos custos adicionais de entrega.

Mas se por um lado o e-commerce cresce, também o comércio tradicional de proximidade apresentou um crescimento de 2,8%. A preocupação com a saúde é um fator que ganha cada vez maior importância junto dos consumidores. A consultora revelou que 50% da população europeia está a tentar perder peso e mais de 30% dos consumidores a nível mundial gostariam de ter mais oferta de produtos saudáveis e naturais.

Nos últimos dois anos verificou-se que os bens essenciais perderam vendas, tendo os legumes secos apresentado uma quebra de 30%. Contrariamente os produtos designados como saudáveis cresceram, com destaque para o pão diet que cresceu 239% e produtos como iogurtes bio e arroz integral que cresceram 45% e 44% respetivamente. Neste aspeto os jovens estão dispostos a pagar mais pela aquisição de produtos saudáveis.

Na apresentação foram também divulgados dados curiosos relativos à sustentabilidade a Nielsen adiantou que 66% dos consumidores a nível mundial estão dispostos a pagar mais por marcas comprometidas com a sustentabilidade, tendo 2015 apresentado valores de 55% e 2013 de 50%.

Também as promoções são uma tendência para 2016, desde 2011 que se verificou que as promoções duplicaram (21% para 41%) e os portugueses são dos povos mais “obcecados” por promoções.

No entanto, 2 em cada 5 promoções realizadas nas lojas não geram incremento ao nível da referência, e apenas 1 em cada 4 geram incremento na categoria a que pertencem. Os descontos estão cada vez maiores, mas a eficiência gerada pelas promoções de 50% está a diminuir. Significa que as promoções continuam a ser importantes mas o cenário começa a dar sinal de esgotar em algumas categorias.

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Jornalista: Marco Silva; Imagem: João Ricardo Pinto; Edição: Pedro Monteiro

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