Há quem diga que são moradas de sonho e uma viagem pelos tesouros do nosso país, constituindo um forte símbolo do turismo português. As Pousadas de Portugal são uma rede hoteleira de características únicas, pois muitas das unidades resultam da recuperação de como castelos, mosteiros e conventos.

“Quando um hóspede deixar de ser tratado pelo nome para ser conhecido pelo número de quarto que ocupa, estaremos completamente desviados do espírito das Pousadas”. Quem o diz é António Ferro, fundador das Pousadas, em 1942.

As Pousadas de Portugal contam, hoje, com mais de 30 unidades, espalhadas de Norte a Sul do país. A característica comum a todas é o facto de estarem integradas dentro de monumentos nacionais, privilegiando a sua conservação. Desta forma, conseguem diferenciar-se no mercado e apresentar aos clientes um produto turístico de grande riqueza história e arquitetónica. Diz-se que visitar as pousadas é viajar pela cultura nacional, revivendo o passado, onde há sempre uma história para contar ou um segredo por revelar.

Em 2003, passaram a ser geridas pelo Grupo Pestana, que não quis perder a oportunidade de trabalhar estes espaços. “O Grupo Pestana decidiu apostar nas Pousadas de Portugal na altura em que foi publicitado, por parte do Governo, que iria proceder à privatização parcial da ENATUR, Empresa Nacional de Turismo, e à privatização total da exploração  das Pousadas de Portugal. Era impensável que o maior grupo hoteleiro e turístico português e um dos maiores da Europa, passasse ao lado da privatização de uma cadeia hoteleira com o prestígio e o reconhecimento histórico e cultural das Pousadas de Portugal”, afirma José Castelão Costa, Presidente do Grupo Pestana Pousadas.

Desde que ganhou a concessão, o Grupo Pestana Pousadas assumiu a responsabilidade pela exploração da rede atual de pousadas por um período de 20 anos, bem como pela sua expansão. A partir do momento em que passou a geri-las, o Grupo quis recuperá-las, de forma a melhorar o equipamento hoteleiro existente e substituir elementos decorativos degradados. “Também na área de manutenção geral foi feito um grande esforço pois tratando-se de edifícios muito antigos, a manutenção profilática é essencial. O objetivo é sempre o de melhorar a oferta hoteleira tornando-a mais atrativa para os clientes”, diz Castelão Costa.

“Uma viagem por lugares onde até o tempo descansa”, é a ideia que as Pousadas quem passar. Fiéis à sua origem, pretendem ser o reflexo da região onde estão inseridas. Todas contam diferentes histórias e a História está em toda a parte, ensinando quem ali passa, muito do que já ali se passou.
Segundo o Grupo Pestana, é desta forma que conseguem diferenciar-se da concorrência a nível da hotelaria no mercado nacional. “São unidades hoteleiras que pela sua localização privilegiada em termos paisagísticos e pela sua natureza, têm no conjunto uma oferta hoteleira em castelos antigos, conventos, palácios e outros equipamentos culturais adaptados de forma a permitir revisitar a história, aliando o conforto da hotelaria moderna aos sabores tradicionais da gastronomia antiga e aos aposentos dos nossos antepassados. É isto que torna as Pousadas num produto único”, garante o Presidente do Grupo Pestana Pousadas.
 
Tradicionalmente as Pousadas estavam catalogadas em duas categorias, Regionais ou Históricas. Mas hoje, a segmentação faz-se de maneira diferente, correspondendo aos diversos tipos de motivação que levam os clientes àqueles espaços, como afirma José Castelão Costa: “as Pousadas procuram, hoje, corresponder ao maior grau de exigência dos clientes com uma vasta gama de possibilidades para estadias curtas, como escapadinhas, ou estadias mais prolongadas, como férias. Juntamos assim, nas Pousadas, desde produtos mais tradicionais a um leque de novos produtos  onde existe já uma maior diversificação de  ‘facilidades’ a serem oferecidas aos nossos clientes”.
 
Hoje dividem-se em quatro grandes categorias: Charme, Histórica, Histórica-Design e Natureza. Através do site www.pousadas.pt, são dadas a conhecer as pousadas dentro das várias regiões do país, como Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve e Açores, assim como as características particulares e curiosidades históricas de cada uma.
 
São unidades que não se destinam a um target específico, procurando conquistar todos aqueles que queiram entrar no espirito das Pousadas. Segundo o Grupo Pestana, destinam-se a clientes que procurem descanso, observação da natureza e animais, programas culturais ou mesmo de aventura.

O ano de 2005 foi também importante para o crescimento das Pousadas de Portugal, pois marcou o início do processo de internacionalização da marca, com a primeira pousada fora do território nacional. A Pousada do Convento do Carmo, em São Salvador da Bahia, no Brasil, foi o sítio escolhido, resultado da recuperação de um antigo convento carmelita do século XVI.

Os segredos do Alentejo Original
 
Em 2013, o Grupo Pestana lançou um novo projeto, para a região do Alentejo, que acolhe 30% das Pousadas de Portugal. Alentejo Original é o nome desta iniciativa que começou a ser trabalhada em Janeiro deste ano, e que tem como objetivo divulgar a região, com uma oferta integrada.

A ideia é vender um produto que agregue experiências à estadia. “Cada vez mais o cliente tem espectativas diferentes. Aquela ideia tradicional, que existia da hotelaria, em que o que interessa é o hotel, deixou de existir. Agora o que interessa é o destino. Quanto mais eu tenho pra fazer no destino, mais consigo ficar mais tempo e regressar, ou mesmo influenciar pessoas amigas a ir. É fundamental termos uma vasta oferta. Porque a expectativa atual do cliente é essa”, garante Isabel Guerreiro, Diretora Zona Alentejo Grupo Pestana Pousadas.

O projeto conta com cerca de 50 parceiros locais e mais de 150 experiências disponíveis, com ofertas gourmet, histórica, de família e de aventura. Desta forma o Grupo Pestana, em parceria com o Turismo do Alentejo, pretende atrair também clientes internacionais e dinamizar a região, revelando o que esta tem de melhor.

Isabel Guerreiro afirma que ainda há muito Alentejo por descobrir: “Sentimos que principalmente o cliente internacional não conhece o destino Alentejo. Conhece vagamente que há uma região fantástica que tem excelentes vinhos, conhece Évora, mas não conhece um Alentejo tão completo como nós temos. E se, tendo o Alentejo, uma forte dependência do mercado nacional, nós queremos levá-lo lá para fora. Isto também surgiu para conseguirmos demonstrar a todos os países com quem vamos trabalhar, que o Alentejo é muito mais do que só os vinhos, a gastronomia e a cidade de Évora.

Para comunicar esta oferta, lançaram o site www.alentejooriginal.com, onde apresentam toda a oferta de pousadas da região, como também dos parceiros das experiências. Desde uma prova de vinhos, a canoagem num rio, ordenhar ovelhas, ver golfinhos ou produzir queijo, as Pousadas dizem ter experiências para todos os gostos.

Com um investimento de meio milhão de euros, o Grupo Pestana acredita que o Alentejo Original pode aumentar em 10% a taxa de ocupação das pousadas em 2013.

O verão em Cascais

Mas a aposta das Pousadas não passa só por comunicar regiões do país, mas também ofertas ligadas à estação do ano. Desde 28 de julho, a Pousada de Cascais, membro The Leading Hotels of the World, oferece, aos domingos, fins de tarde de festa. As Cidadela Sunset Sessions, foram criadas para serem momentos de convívio, com música, gastronomia e vista para o mar.

Inaugurada no ano passado, a Pousada fica no centro da vila, na Cidadela de Cascais. Esta é uma das mais recentes unidades do Grupo Pestana, que afirma ser um espaço ideal para desfrutar do verão. Com espaços amplos, tem assinatura da dupla de arquitetos Gonçalo Byrne e David Sinclair, que restauraram os edifícios de forma a preservar a herança histórica. Mesmo em cima do mar, a Pousada foi nomeada pela prestigiada revista de turismo, Condé Nast Traveler, como um dos melhores hotéis do mundo, ao mesmo tempo que foi recomendada pelo The New York Times.