Foram hoje apresentados os resultados do mais recente estudo “Há sinais positivos no Grande Consumo?”, da Kantar Worldpanel, que se assume como empresa líder mundial em consumer knowledge e insights baseados em painéis contínuos de consumidores.
O estudo mostra que a evolução positiva do PIB no último trimestre de 2013 e a melhoria sentida nos Índices de Confiança, resultaram numa retoma, ainda que pequena, do consumo dos lares portugueses no mercado do Grande Consumo. Depois da maior queda que parece ter sido, segundo a Kantar, o pico da crise verificada no 1º semestre de 2013, os meses seguintes foram de recuperação, incluindo o início de 2014.
No final de 2013, as famílias portuguesas tinham gasto 2238 euros, em média, em produtos de grande consumo, o que representou uma redução de 1,5% no volume total adquirido. A frequência de compra aumentou +1,2%, mas a cesta de compras reduziu -3,2%. A conclusão é de que os consumidores portugueses fazem mais visitas às lojas mas compram menos quantidade de cada vez. Os primeiros dois meses de 2014 refletem um aumento de 0,5% no volume comprado pelos lares, relativamente a igual período do ano passado, em linha com o acontecido no 2º semestre de 2013, onde se verificou um aumento de igual valor.
Um aspeto curioso em 2013, verificado pelo estudo da Kantar Worldpanel, é que apesar da crise, registou-se a quota mais baixa do Canal HardDiscount em Portugal, nos últimos anos. As razões do comportamento neste canal prendem-se com vários fatores. O vetor fundamental prende-se com o facto de o consumidor português, neste contexto, dar importância aos Produtos Alimentares Frescos (Carne, Peixe, Fruta e Legumes) e este canal ser ainda relativamente fraco ou pouco desenvolvido nessa valência. Também a Marca da Distribuição (MDD) viu cair a sua quota de mercado no ano passado.
O canal online em Portugal tem ainda um caminho para percorrer, pois se 22% dos portugueses declaram fazer compras Online, apenas 7% faz compras de Grande Consumo Online. Em termos europeus este valor de penetração é metade do valor de Espanha e três vezes inferior ao valor do Reino Unido. Tudo indica que existe espaço para investimento e desenvolvimento neste canal, faltando encontrar o modelo adequado ou o operador vocacionado para o mesmo, de acordo com a Kantar Worlpanel.
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