Os óscares portugueses do digital

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O MEO Arena transformou-se na passada sexta-feira no centro da criatividade digital portuguesa, ao acolher a 13ª edição dos Prémios SAPO.

A iniciativa, uma vez mais, teve como objetivo promover o meio Internet, reconhecer a criatividade e a adaptação tecnológica dos trabalhos publicitários veiculados no online em Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique e Timor-Leste.

Depois de terem sido avaliados mais de 500 trabalhos, acabaram por ser distinguidos 60 clientes e 28 agências. “A qualidade dos trabalhos é habitualmente muito boa. A única questão em que ficamos atrás é nas dimensões dos orçamentos. Por exemplo, na produção de um filme de televisão, isso faz uma diferença muito grande. No digital essas diferenças são muito atenuadas, o que faz com que a criatividade valha mais muitas vezes do que os recursos, o que permite que os nossos trabalhos comparem muito bem com aquilo que de melhor se faz no mundo”, afirma João Paulo Luz, Diretor Comercial do SAPO.

A Ogilvy foi eleita a agência criativa do ano, em grande parte devido ao desempenho das várias unidades da network do grupo WPP, nomeadamente da Ogilvy & Mather, que alcançou o título de agência mais premiada, com 5 ouros. A OgilvyOne, por seu turno, arrecadou 3 ouros, incluindo o Grande Prémio do Júri pela campanha Nescafé Galão Original, criada para a Nestlé.

“Existe um «acreditar» na criatividade transversal a toda a agência, uma vontade de fazer a diferença, com grandes ideias. É uma noite mágica, uma afirmação de tudo aquilo em que acreditamos. O digital hoje em dia não é opção, é absolutamente fundamental para as marcas, porque é onde se encontra o consumidor”, explicou Tim Solomon, Presidente-executivo da Ogilvy & Mather Portugal.

A agência foi a grande vencedora dos Prémios Sapo 2013. Uma noite que, infelizmente, acabou por ficar também na memória da comunidade criativa pelo desaparecimento inesperado de André Lacerda, Diretor de Arte e Supervisor Criativo na Ogilvy & Mather.

Por sua vez, o galardão de Anunciante do Ano foi atribuído à Nestlé. Um resultado que, segundo a marca, reflete o trabalho desenvolvido por si nesta área nos últimos anos. “Desde há já muito tempo que apostamos no digital. É um meio onde o facto de termos plataformas próprias permite-nos ter uma liberdade e uma grande capacidade de comunicação, de geração de conteúdos. Ao tratarmos de alimentação, de nutrição, e bem-estar, as pessoas encontram matéria de interesse para entrar em contacto connosco, para se informarem e serem informadas”, esclarece Pedro Salgueiro, Diretor de Comunicação da Nestlé Portugal.

Já no que diz respeito aos Prémios de Meios o destaque foi para a OMG Digital, que ganhou na categoria Melhor Plano de Meios Integrado com o trabalho desenvolvido durante o rebranding do Meo, e recebeu o título de agência de meios do ano. Um reflexo da confiança que os anunciantes têm depositado nesta unidade de negócio da Omnicom Media Group, e do crescente interesse das marcas no meio digital, diz Hugo Faria, Diretor da OMG Digital, em entrevista exclusiva ao Imagens de Marca.

Nesta edição dos Prémios Sapo saem duas tendências que cada vez mais definem o meio digital: por um lado, o desenvolvimento de trabalhos que têm em conta os 4 ecrãs (televisão, computador, tablet e smartphone), e, por outro, a afirmação do vídeo enquanto formato unificador de todas estas plataformas.

De realçar ainda que, no âmbito da política de responsabilidade social do SAPO, o valor das inscrições nesta edição, 12 mil e 300 euros, irá reverter a favor de três instituições, sem fins lucrativos: Associação Futuro Autónomo, Espaço T (associação para o Apoio à Integração Social e Comunitária) e Paris em Rede.