“É sempre um risco sair da zona de conforto mas o desafio consiste em querer melhorar”. A afirmação pertence a Luís Figo e foi proferida no seminário que fechou o segundo dia do Eurobest em Lisboa.
Para o internacional português, o futebol é hoje muito diferente do que era há 20 anos atrás. “Hoje é muito mais global, mas na altura as equipas só podiam contar com alguns jogadores estrangeiros” explica o jogador para reforçar a ideia que “foi necessário adaptar-me ao país, à cultura, às ideias, aos media”. Foi essa adaptação que permitiu ao jogador alcançar o estatuto que conquistou na sua carreira desportiva.
À primeira vista, o tema pode parecer deslocado de um festival de criatividade, mas a verdade é que o internacional português foi o convidado de Al Moseley, presidente e diretor criativo da 180 Amsterdam, que veio falar, precisamente, de “Power of Displacement”, ou seja, dos benefícios da migração com vista a alcançar a bravura criativa. Ainda antes de Figo subir ao palco, Moseley apontou exemplos como o do arquiteto alemão Mies van der Ruhe, do designer britânico Jonhatan Ive que se mudou para os Estados Unidos da América para trabalhar na Apple, ou mesmo do realizador norte-americano Woddy Allen que aposta nas cidades europeias para as suas produções cinematográficas.
Segundo o diretor criativo da 180 Amsterdam, emigrar e imigrar favorece a criatividade, uma filosofia que afirma ser vivida na agência.
Sexta-feira é o último dia do Eurobest, com a entrega dos prémios agendada para o final do dia, no cinema São Jorge.
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