17 de novembro de 2017

O futuro da televisão está a desenvolver-se

“A definição da televisão está a desenvolver-se e por isso nós percebemos que além das formas tradicionais de como as pessoas assistem à HBO, elas querem ver-nos em qualquer lugar, a qualquer hora em qualquer dispositivo”. As palavras são de Diane Tryneski, responsável da estratégia digital e tecnológica da HBO recordando o trajeto da marca a nível global. Quando a oferta de plataformas é cada vez maior é importante abrir todas as portas e estar presente com um produto de elevada qualidade, que surpreenda o telespectador. Este tem sido o caminho seguido pela HBO que abraça novas tecnologias.

“Nós não exploramos a tecnologia pela tecnologia, exploramos a tecnologia porque assim temos a possibilidade de contar histórias de formas diferentes”, acrescenta Diane.

Com séries produzidas de renome internacional como Game of Thrones, Westworld ou Sopranos, Mosaic é a nova aposta da marca em formato de app, produzida pelo realizador Steven Soderbergh.

E no fundo a app consiste numa série mas onde é possível seguir diferentes personagens que acabam por dar diferentes caminhos à narrativa. A solução está, para já, apenas disponível nos estados Unidos da América, para aparelhos da Apple.

São novas formas de contar as histórias e de criar conteúdos aos consumidores e que estão em total concordância com as palavras de Meredith Artley, coordenadora editorial da CNN Digital, ao afirmar que “quando produzes conteúdos, sejam notícias, reportagens ou artigos jornalísticos, storytelling, seja ele de ficção ou não, tens de fazer algo único e essencial”.

A marca dispensa qualquer tipo de apresentações. A CNN é talvez um dos meios de comunicação social mais influentes do mundo e tem enfrentado e tentado acompanhar toda a mudança e revolução que tem acontecido não só na sociedade, mas na forma como as pessoas interagem com a tecnologia e consomem informação.

As regras do jogo mudaram e isso já não é novidade: a grande maioria dos utilizadores de internet utiliza o smartphone como ferramenta prioritária e isso acontece em todo o mundo e também em Portugal, o consumo de media faz-se hoje a partir das redes sociais e a televisão, apesar de ser ainda o meio de referência, perde terreno para o digital.

O futuro pertence à mobilidade e todos procuram ganhar espaço em especial os media, que viram as vendas de jornais caírem, as audiências também mas o digital ganhou muita força através das redes sociais, onde “não existe hoje a reportagem verdadeira e original”, explica Meredith Artley.

Quando se fala do atual presidente norte americano Donald Trump, Meredith explica que “temos de recorrer aos nossos jornalistas mais experientes para fazer a cobertura das histórias mais relevantes. Em vez de repetirmos o que foi dito numa conferência de imprensa temos de verificar os factos, analisar, contextualizar toda a informação”. A coordenadora editorial da CNN Digital conclui que é interessante que um evento como a eleição do presidente Donald Trump levou algumas das empresas de comunicação social a repensar os fundamentos do jornalismo e como se pode trabalhar para reforçar o jornalismo a nível global.

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Jornalista: Fernando Paula; Imagem: Patrique Almeida/João Ricardo Pinto; Edição: Rui Rodrigues

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