O mercado publicitário português deverá crescer 4% em 2016, registando uma recuperação de investimento e um crescimento constante, representando aproximadamente 500 milhões de euros.
Segundo o mais recente relatório da Magna Global, a televisão continua a registar a maior quota do mercado português com 48%, muito acima da média da Europa Ocidental (29%) e global (37%). A internet é já a segunda maior plataforma com uma quota de 20% e com o maior crescimento de investimento, prevendo-se que atinja os 30% até 2020. No entanto, é bastante inferior à média europeia onde o digital é já a plataforma principal desde 2013.
“Apesar da dimensão do mercado de publicidade em Portugal, em comparação com os outros países da Europa Ocidental, as previsões indicam um crescimento constante ao longo dos próximos anos o que nos permite alguma estabilidade de mercado. A televisão continua a dominar, porém o digital ganha cada vez mais espaço nos media-mix dos investimentos publicitários nos diferentes segmentos de mercado”, refere Alberto Rui Pereira, CEO do IPG Mediabrands Portugal.
A nível internacional, o investimento publicitário deverá crescer 5,4% em 2016, atingindo os 422.775 mil milhões de dólares.
O Europeu de França, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Copa América e as Eleições Primárias dos EUA, foram os principais eventos responsáveis pelo crescimento das receitas globais da publicidade.
Dos 72 mercados analisados, conclui-se que 67 irão registar um crescimento nas suas receitas e apenas 5 (Singapura, Finlândia, Equador, Cazaquistão, Hong Kong), em vez de 15 como no anterior relatório, registarão um declínio das mesmas.
Os EUA e a China são os países que mais contribuem para este crescimento e o Brasil, por outro lado, registou a maior queda tendo passado de 5% para 1,9% devido à grande recessão económica que o país atravessa.
No digital, a Magna Global prevê um crescimento de 15% este ano, atingindo os 172 684 mil milhões de euros, com uma quota de mercado de 39% ultrapassando a televisão com 36%. Em 2017, prevê-se que este canal ultrapasse o da televisão, ao nível do investimento.
Este ano, o digital continua a ser impulsionado pela publicidade nos dispositivos móveis (smartphones, tablets, wearables), pelo vídeo e conteúdos em redes sociais. Estima-se que a publicidade no mobile representa 42% da publicidade digital e que atingirá 50% até ao final de 2017.
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