Miguel Gonçalves ficou conhecido no dia em que falou no programa da RTP1 Prós e Contras. A expressão “bater punho” e a imagem de um jovem empreendedor que anda sempre de “mangas arregaçadas” correu o país através da internet. Hoje abriu o painel dedicado a “SONHAR” do TEDx Porto.
Miguel Gonçalves tem 32 anos, é psicólogo e fundou a Spark Agency. É um empreendedor e começou por falar no próprio conceito. Com uma energia contagiante afirmou que não é por acaso que a palavra termina em “dor”. “Ser empreendedor é a coisa mais dura. Não uma coisa que se esgota na criação de negócio próprio, precisamos de empreendedores nas empresas dos outros”.
“O importante não é fazer coisas perfeitas, é lançar coisas no mercado que tenham uma proposta de valor e de forma rápida. As pessoas preocupam-se demais em fazer coisas muito perfeitas, em vez de apresentarem coisas ao mercado”, defendeu, tendo sempre um discurso onde a motivação e a vontade de avançar sempre marcaram o ritmo.
Para Miguel Gonçalves não há impedimentos: “Só existes tu e aquilo que pretendes contruir. Tens de ser tu a construir e ninguém vai contruir por ti. Não é esperar pelas condições perfeitas, é agarrar o se que tem à mão”.
“Quando a maior parte das pessoas anda, eu corro. Vai haver sempre espaço no mercado para quem quiser fazer algo especial”, disse este comunicador por excelência, para quem “é possivel mudar o mundo de qualquer parte do mundo, inclusive de Portugal. E nunca nada vai ser perfeito. Mas no limite tudo depende de ti próprio”.
No final foi aplaudido de pé.
António, artista gráfico e ilustrador, começou por entrar no mercado através do mundo das marcas. Mas não chegava, e decidiu abandonar a profissão e a sua casa. Descobriu que a rua é o seu espaço de eleição, onde gosta de interagir com espontaneidade. Nada foi permeditado, desde as projeções de filmes em frente à porta de casa ou os desenhos feitos com as crianças no passeio. Hoje vive numa carrinha, sem poiso certo. “Passei a estar aberto à rua”.
Fala em coerência consigo próprio e que faz aquilo que gosta. Quanto ao dinheiro… afirma que teve de fazer escolhas. Desde grafitis para galerias ou em muros autorizados, a pintar vidrões ou a sinalética de Lisboa tem feito de tudo um pouco: Entretanto descobriu… quer pintar barcos.
José Paixão fala do Porto com a mesma paixão que tem no nome. Para ele o centro de uma cidade é um pólo de desenvolvimento. “Neste estado de abandono são simplesmente perdas de oportunidades”, disse, referindo-se à situação da Baixa desta cidade. Assim nasceu o projeto “Arrebita! Porto”, que pretende reabilitar o centro das cidades e assenta a sua parte prática em 3 pilares: jovens estrangeiros, arquitetos e engenheiros, que vêem para Portugal, empresas do setor que doam os seus materiais e serviços ao projeto e professores das faculdades e de formação que supervisionam. “Aqui não se gasta dinheiro, mas todos ganham em participar”.
“Fazer” é o mote deixado por José Paixão, para quem “na pior das hipóteses aprendemos sempre algo e na melhor mudamos o Mundo”.
Rick de Gaay Fortman, atravessou África de bicicleta. Em 2010 fez 7 mil quilómetros entre a Cidade do Cabo, na África do Sul, e Nairobi, no Quénia. No final tinha angariado 120 mil dólares (mais de 9 mil Euros) para a organização Solar Aid – uma Ognanização Não Governamental que está sedeada no Reino Unido e opera em países como a Namíbia e o Quénia para fornecer energia solar a escolas e clínicas. E assim cumpriu um sonho, que passava por mudar o Mundo através da mudança da qualidade de vida das pessoas daqueles países.
“Se é para sonhar, sonha grande!”
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